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Italianos ‘fartos’ de Berlusconi

Rotertinho

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Itália: Popularidade do primeiro-ministro em queda
Italianos ‘fartos’ de Berlusconi

Silvio Berlusconi, que sempre fez gala da sua enorme popularidade, está em queda vertiginosa pela primeira vez desde que assumiu a chefia do governo italiano, há dois anos. Os múltiplos casos de corrupção que afectam o seu governo e as medidas de austeridade que a crise o obrigou a tomar desencantaram a maioria dos italianos, que perderam confiança nele.

Com efeito, uma sondagem da IPR Marketing publicada pelo ‘La Repubblica’ revela que 55% dos italianos inquiridos afirmam ter pouca ou nenhuma confiança em Berlusconi, que, apesar disso, continua a ser o mais popular membro do seu governo. Este merece apenas o apoio de 35% dos sondados. Refira-se que em Maio de 2009, ‘Il Cavaliere’ tinha a confiança de 53% dos seus compatriotas.

A popularidade de Silvio Berlusconi, que até resistiu ao escândalo das festas com prostitutas organizadas na sua mansão de Sardenha, começa agora a ceder devido ao plano de austeridade (ver caixa) e à corrupção que mina o seu governo, nomeadamente com o caso da adjudicação irregular de obras públicas, que envolve vários governantes. Recorde--se que em Maio, um dos mais fiéis aliados de Berlusconi, Claudio Scajola, teve de renunciar à pasta da Indústria porque se soube que o seu luxuoso apartamento tinha sido parcialmente pa-go por Diego Anemone, um construtor detido por corrupção.

A boa notícia para Berlusconi é que o descrédito afecta igualmente a oposição, que não consegue capitalizar com o descontentamento. Com efeito, o Partido Democrata, principal grupo da oposição, continua a perder pontos (36%), e a Itália dos Valores, de Antonio di Pietro, apenas mantém o seu score (38%).

O receio de Berlusconi é que apareça uma figura capaz de seduzir os desencantados. Nos últimos tempos, especula-se a possibilidade de o ex-presidente da Fiat Luca Montezemolo entrar na cena política. Além disso, o movimento ecológico-gastronómico Slow Food, que pretende concorrer às próximas eleições, pode dividir ainda mais a sociedade italiana.

MEDIDAS DE AUSTERIDADE PARA REDUZIR O DÉFICE

Após ter afirmado que estava imune a uma crise ao estilo da Grécia, o governo italiano prepara--se para reduzir o défice em 27,6 mil milhões de euros ao longo dos próximos dois anos, à semelhança do que fizeram Espanha e Portugal.

O plano de austeridade, que deverá ser aprovado no próximo dia 1 de Junho, prevê cortes nos salários

dos funcionários públicos e congelamento de novas contratações. As regiões mais afectadas pela corrupção poderão ver Roma a cortar-lhes nos fundos de desenvolvimento e a aumentar os impostos locais.

APONTAMENTOS

PERDEU 21 PONTOS

Berlusconi gozava de uma popularidade de 62% após tomar posse. Em dois anos, perdeu 21 pontos percentuais.

MINISTROS

Após a demissão de Scajola, só sete dos 22 ministros obtiveram 50% ou mais de aprovação.

DESENCANTADOS

Na sondagem, 41% dos inquiridos afirmaram não saber em quem votariam se as eleições fossem amanhã.


Correio da Manha
 
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