Rotertinho
GF Ouro
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Viseu: Empresa não teria licença para fabricar os foguetes
Pirotecnia explode e faz dois mortos
Uma explosão numa fábrica de pirotecnia, em Almargem, Viseu, matou ontem dois homens, um dos quais o proprietário, que escapara a um acidente semelhante há quatro anos. Na altura, morreu um dos seus filhos. O dono da empresa, António Pinto Silva, 57 anos, e Albino de Jesus, 56, que o auxiliava nos trabalhos, estavam a compactar cartuxos num paiol quando se deu o rebentamento, pelas 09h00.
As causas do acidente não estão ainda apuradas, mas Pedro Silva, filho do empresário, explicou que 'a ignição deverá ter sido causada por um curto-circuito provocado pelas máquinas eléctricas que fazem os foguetes'. A firma, na freguesia de Calde, só estaria autorizada a comprar e revender, encontrando-se o fabrico em fase de licenciamento, mas a família garante que tinha todas as licenças em dia.
No paiol estava armazenado carvão, enxofre e salitre, materiais usados para fazer as massas para os foguetes. 'Até a polícia está de boca aberta, pois ninguém consegue explicar como isto aconteceu', referiu ao CM José Silva, outro filho do empresário. António Pinto Silva estava no interior do paiol e 'foi projectado uns 20 metros', enquanto Albino de Jesus se encontrava à porta.
Esta foi a terceira morte na família Silva relacionada com explosões pirotécnicas. Em 2006, na mesma empresa – a 200 metros do acidente de ontem –, morreu Carlos Silva, 35 anos, filho do proprietário da fábrica, num rebentamento que terá sido provocado por um telemóvel. 'E há mais de 20 anos, uma explosão em Barrô, Resende, matou o meu avô', recorda Pedro Silva. 'Em 2006, estivemos para fechar a fábrica mas, como era o ganha-pão do meu pai, fomos ficando. Para mim já chega, o negócio fica por aqui!', acrescenta, consternado.
Laurentina de Jesus e António Assunção, mãe e padrasto de Albino de Jesus, perderam o único filho que tinham. 'Ele era tudo para mim, ajudava-me muito. E agora?', questiona a mulher.
PORMENORES
OUVIU-SE A QUILÓMETROS
O alerta para o acidente foi dado por um automobilista. O barulho da explosão ouviu-se a vários quilómetros e foi sentido nas localidades próximas.
13 MORTOS EM 5 ANOS
Treze pessoas morreram em explosões dentro de unidades de produção de artigos pirotécnicos nos últimos 5 anos em Portugal.
REVISÃO DA LEI
O presidente da Associação Empresas de Produtos Explosivos defende uma revisão global da legislação do sector.
Correio da Manha
Pirotecnia explode e faz dois mortos
Uma explosão numa fábrica de pirotecnia, em Almargem, Viseu, matou ontem dois homens, um dos quais o proprietário, que escapara a um acidente semelhante há quatro anos. Na altura, morreu um dos seus filhos. O dono da empresa, António Pinto Silva, 57 anos, e Albino de Jesus, 56, que o auxiliava nos trabalhos, estavam a compactar cartuxos num paiol quando se deu o rebentamento, pelas 09h00.
As causas do acidente não estão ainda apuradas, mas Pedro Silva, filho do empresário, explicou que 'a ignição deverá ter sido causada por um curto-circuito provocado pelas máquinas eléctricas que fazem os foguetes'. A firma, na freguesia de Calde, só estaria autorizada a comprar e revender, encontrando-se o fabrico em fase de licenciamento, mas a família garante que tinha todas as licenças em dia.
No paiol estava armazenado carvão, enxofre e salitre, materiais usados para fazer as massas para os foguetes. 'Até a polícia está de boca aberta, pois ninguém consegue explicar como isto aconteceu', referiu ao CM José Silva, outro filho do empresário. António Pinto Silva estava no interior do paiol e 'foi projectado uns 20 metros', enquanto Albino de Jesus se encontrava à porta.
Esta foi a terceira morte na família Silva relacionada com explosões pirotécnicas. Em 2006, na mesma empresa – a 200 metros do acidente de ontem –, morreu Carlos Silva, 35 anos, filho do proprietário da fábrica, num rebentamento que terá sido provocado por um telemóvel. 'E há mais de 20 anos, uma explosão em Barrô, Resende, matou o meu avô', recorda Pedro Silva. 'Em 2006, estivemos para fechar a fábrica mas, como era o ganha-pão do meu pai, fomos ficando. Para mim já chega, o negócio fica por aqui!', acrescenta, consternado.
Laurentina de Jesus e António Assunção, mãe e padrasto de Albino de Jesus, perderam o único filho que tinham. 'Ele era tudo para mim, ajudava-me muito. E agora?', questiona a mulher.
PORMENORES
OUVIU-SE A QUILÓMETROS
O alerta para o acidente foi dado por um automobilista. O barulho da explosão ouviu-se a vários quilómetros e foi sentido nas localidades próximas.
13 MORTOS EM 5 ANOS
Treze pessoas morreram em explosões dentro de unidades de produção de artigos pirotécnicos nos últimos 5 anos em Portugal.
REVISÃO DA LEI
O presidente da Associação Empresas de Produtos Explosivos defende uma revisão global da legislação do sector.
Correio da Manha