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A hipertensão e a gravidez

Luana

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A hipertensão e a gravidez


A hipertensão é um dos transtornos mais graves durante a gravidez.



A prevenção funciona como a principal medida para garantir a saúde da mãe e do futuro bebé.


Uma grande parte da população feminina não tem os cuidados necessários com a alimentação e a maior parte das vezes não se preocupa em verificar a sua tensão arterial até que o médico o detecta na consulta de planeamento familiar ou na primeira consulta pré-natal.

Seja qual for o seu caso, um pré-natal cuidadoso é a melhor garantia de manter a tensão sob controle, evitando complicações para a sua saúde e a do seu bebé.

Se já sofria de hipertensão antes de ficar grávida, durante a sua gravidez, terá de redobrar os cuidados médicos. Assim, deverá fazer um controlo mais rígido dos valores, para além de:

- Reduzir o sódio da alimentação - o que significa diminuir o sal e evitar bebidas como refrigerantes e isotónicos
- Controlar o peso
- Reduzir naturalmente o stress.


Estes cuidados, para além de uma medicação adequada, chegam na maioria dos casos, para manter a situação controlada. A tensão alta é uma preocupação constante ao longo de toda a gravidez para a maioria das grávidas.

Algumas têm hipertensão crónica, outras desenvolvem este transtorno durante a gravidez - hipertensão transitória.

A rotina, de uma grávida hipertensa, exige paciência e abnegação. Além de cuidados extremos com sua alimentação, necessita de controlar a tensão arterial a cada três dias ou imediatamente, a sentir uma tontura ou a vista turva.

Também poderá ter de ser submetida a vários exames periódicos, como por exemplo:

- Determinação da proteinúria (presença de proteína na urina);
- Mapeamento da retina - exame ao fundo de olho realizado pelo oftalmologista - que permite verificar a ocorrência de alterações vasculares no olho;
- Ecografia e cardiotocografia com maior frequência.


O acompanhamento pré-natal sistemático é imprescindível como prevenção de qualquer complicação para a mãe e para o feto.

Os Riscos da Pré-Eclampsia



A eclâmpsia é definida como o desenvolvimento de convulsões generalizadas, excluindo as convulsões de causa neurológica, anestésica, farmacológica ou por complicações metabólicas, em grávidas com os sinais e sintomas da pré-eclampsia.

A pré-eclampsia é o desenvolvimento de hipertensão, com proteinúria significante ou edema das mãos e da face.

Quando este quadro clínico evolui e a grávida sofre convulsões atinge o estádio de Eclâmpsia.

Esta patologia apresenta-se habitualmente durante a primeira gravidez.

Esta patologia pode atingir uma mulher grávida que nunca sofreu de hipertensão.


São considerados factores de risco:

- História de familiares com eclâmpsia ou pré-eclâmpsia
- Ser a primeira gravidez
- Gravidez gemelar
- Ser hipertensa
- Sofrer de diabetes

Normalmente a doença surge durante a segunda metade da gestação, mais especificamente após as 24 semanas. Excepcionalmente, ocorre antes das 20 semanas (toxemia precoce).

A eclâmpsia pode ocorrer durante a gestação, parto ou puerpério e, muito raramente, até depois de 72 horas após o parto.

Enquanto a morte materna na eclâmpsia é elevada, a morte do decurso da pré-eclampsia é excepcional, ocorrendo em casos de insuficiência cardíaca e hemorragia cerebral por hipertensão arterial crónica.

A eclâmpsia é uma forma grave da doença hipertensiva específica da gravidez, que evolui de forma insidiosa, permitindo acções preventivas nos serviços básicos pré-natais.

Pesquisas efectuadas no Centro Médico Baptista da Universidade de Wake Forest da Universidade Pontifica de Santiago do Chile, descobriram em 2000, um possível marcador e um tratamento preventivo.

Estes, afirmam que os níveis de angiotensina, hormona natural que “trava” a hipertensão, aumenta durante a gravidez normal e permanece reduzida em mulheres com pré-eclampsia.

A hormona angiotensina, faz com que os vasos sanguíneos se dilatem e acredita-se que seja o “sistema de travão” natural do corpo humano contra a hipertensão.

Mais recentemente, um estudo conduzido pelos pesquisadores do Hospital General de Boston, revelou que um exame de sangue pode prever o risco de pré-eclampsia.

A equipa médica realizou um detalhado estudo, no qual indicou que as mulheres que desenvolveram pré-eclampsia possuíam, no início da gravidez, taxas acima do normal de uma proteína chamada SHBG.

Este estudo mostrou que um factor de risco que pode ser detectado muitas semanas antes dos sintomas aparecerem, também pode prever quem desenvolverá a pré-eclampsia. Deste modo, será muito mais fácil, encontrar um método para testar novas terapias.

Apesar de já se ter provado que uma pequena dose diária de aspirina pode proteger as mulheres grávidas de virem a sofrer de pré-eclampsia, cada caso é um caso e, cada mulher pode ter um gravidez com riscos muito variados.

Portanto, por enquanto, a Pré-Eclâmpsia pode ser apenas controlada – mas não curada – com diuréticos e, em alguns casos, com repouso absoluto.

O mais importante para todas as mulheres que vivam uma situação de pré-eclampsia, é manter o controlo pré-natal, como forma de redução da mortalidade materna e perinatal.



DESTAQUES

Hipertensão (>160/100 mmHg é contra-indicação absoluta)
Na eclâmpsia, a grávida pode sofrer um descolamento prematuro da placenta, edema agudo de pulmão ou edema cerebral, que provoca episódios seguidos de convulsões e comas transitórios até ao coma profundo.

Hellp é uma síndroma que pode desenvolver-se nos estádios graves de pré-eclâmpsia e eclâmpsia e pode resultar na falha renal, na destruição das plaquetas sanguíneas e no aumento das enzimas hepáticos.

A situação pode considerar-se muito grave, pois provoca hemorragia generalizada. A paciente é encaminhada para cesariana com anestesia geral.



Não esqueça:
Denomina-se pressão sanguínea à força exercida pelo sangue contra as paredes das artérias. A pressão média de uma pessoa jovem e saudável é 12:8. Quando a pressão arterial permanece acima desse índice por muito tempo, a paciente é considerada hipertensa.

A pré-eclampsia pode ocorrer em grávidas hipertensas ou a partir das 20 semanas em pacientes sem histórico da doença. As causas não são definidas. Uma das teorias é que o sistema imunológico materno inicia a defesa a um corpo estranho - o feto.

Se a pressão não for controlada, a doença começa a afectar o sistema cardiovascular, os rins e o fígado da mãe.

 
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