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Cortes drásticos para reduzir défice

Rotertinho

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Reino Unido: Ministro das Finanças anuncia
Cortes drásticos para reduzir défice

Numa medida já esperada, o novo ministro das Finanças britânico, George Osborne, e o seu vice, o liberal-democrata David Laws, anunciaram ontem cortes nas despesas públicas na ordem de 6,2 mil milhões de libras (7,2 mil milhões de euros) para reduzir o défice, que no ano fiscal 2009/2010 atingiu um recorde de 145,4 mil milhões de libras (167 mil milhões de euros).

Numa conferência de imprensa, Osborne justificou: "Esta decisão é apenas o primeiro passo para a criação de melhores serviços públicos, uma economia mais forte e uma sociedade mais justa. Herdámos um desastre económico."

O ministério mais atingido pelos cortes é o dos Negócios, em que a redução nos gastos será de 836 milhões de libras (970 milhões de euros). Mais sorte tiveram os titulares da Saúde, da Defesa e do Desenvolvimento Internacional, ministérios considerados intocáveis. E, numa concessão aos liberais, 500 milhões de libras (582 milhões de euros) dos 6,2 mil milhões de libras serão reinvestidos na educação e habitação social.

O novo programa inclui ainda o congelamento de novas contratações, a supressão do chamado Children Trust Fund (cheque-bebé) bem como de dezenas de agências governamentais. Os cortes mais mediáticos dizem respeito a consultadorias e viagens. Os funcionários públicos deixarão de viajar na primeira classe quer em aviões quer nos comboios. Os ministros terão de partilhar carros oficiais ou, em alternativa, andar a pé ou de transportes públicos.

ITÁLIA NO MESMO CAMINHO

Um após outro, todos os países da União Europeia anunciam medidas draconianas para enfrentar a crise. Depois de Grécia, Espanha, Portugal e Reino Unido, agora a Itália e a todo-poderosa Alemanha prepararam-se para implementar cortes. O governo de Roma adoptará , provavelmente já hoje, um pacote rectificativo de 24 mil milhões de euros para 2011/2012 (em vez dos 27 500 milhões previstos). O primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, declarou numa entrevista "Chegou o momento do sacrifício", já a preparar os seus conterrâneos. As medidas deverão passar por redução nos gastos ministeriais e nos salários dos dirigentes públicos.

Também a Alemanha prepara um programa de austeridade que, segundo o ‘Financial Times’, prevê cortes na ordem dos 10 mil milhões de euros por ano até 2016.

APONTAMENTOS

PROMESSA CUMPRIDA

Uma das promessas dos ‘Tories’ foi a de apresentar um orçamento rectificativo dentro de 50 dias após as eleições. Cumpriram.

CONSEQUÊNCIAS

O ministro das Finanças admitiu que haverá consequências, mas não confirmou a previsão de 300 mil postos de trabalho eliminados adiantada pelos media. A taxa de desemprego é de cerca de 8%.

SALÁRIOS CORTADOS

Estes cortes são apenas o primeiro passo. Mais medidas se seguirão no Outono, nomeadamente cortes nos salários dos funcionários públicos.

FIM DA ABUNDÂNCIA

"Os anos de abundância no sector público terminaram", advertiu David Laws. Esta afirmação na boca de um liberal-democrata é surpreendente, embora o seu partido tivesse defendido cortes durante a campanha.


Correio da Manha
 
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