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Estudante de Pardilhó (Estarreja) diz que foi ameaçada antes de ser violentada numa sala de aula
JOÃO PAULO COSTA
JOÃO PAULO COSTA
Uma aluna, de 14 anos, da Escola Integrada EB 1,2,3 de Pardilhó (Estarreja), queixou-se à GNR de ter sido violada por um colega da escola, de 17 anos, no interior de uma sala de aula. A Direcção da escola limitou-se a dizer que a Polícia Judiciária está a investigar o caso.
A jovem, acompanhada pelos pais, apresentou, ao início da noite de anteontem, no posto da GNR de Avanca, uma queixa contra o colega. Segundo a versão da rapariga, à qual o JN teve acesso, o alegado violador ameaçou-a com uma arma branca, dizendo-lhe que faria mal, a ela e ao irmão, se não mantivesse relações sexuais. O acto forçado perante a ameaça, segundo a aluna, concretizou-se numa sala de aula, ao que tudo indica anteontem, acrescentando a queixosa que o indivíduo terá contado com a colaboração de uma segunda aluna que terá vigiado a sala de aula de forma a evitar que alguém da escola se apercebesse da situação.
Avisados por cenas íntimas
A GNR entregou o caso à Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro, que o está a investigar, tendo de imediato solicitado à queixosa exames no gabinete médico-legal para confirmar a veracidade da violação. A PJ esteve, ontem, na escola de Pardilhó a recolher informações. Segundo fonte da PJ, o caso tem contornos "atípicos", que só a investigação irá desvendar.
O JN apurou, junto de uma fonte ligada à escola, que os alunos envolvidos nesta situação são, ou foram, namorados, uma relação mal vista por parte dos pais da rapariga. Ainda segundo a mesma fonte da escola, algumas cenas mais íntimas entre os dois na escola foram alvo de repreensões por parte de responsáveis da EB.
A directora da Escola Integrada de Pardilhó, Lurdes Pereira, limitou-se a dizer: "Há uma queixa que está a ser tratada pela PJ e só depois das conclusões da investigação é que tomaremos uma decisão, não querendo nós, responsáveis pela escola, antecipar qualquer cenário ou consequências internas".
Sem querer referir-se ao caso em concreto, a directora adianta, contudo, que "seria muito difícil haver uma violação na escola sem que ninguém se tivesse apercebido".
Ontem, na EB, o ambiente era "igual ao de todos os dias". Vários professores e alunos, contactados pelo JN, desconheciam a alegada violação, mostrando-se incrédulos com a queixa. O mesmo acontecendo no centro da vila de Pardilhó, onde o assunto era desconhecido. Nos cafés, como no "Vitória", ninguém tinha ouvido falar de tal coisa. Durante a tarde, a GNR esteve na escola, mas para uma exibição cinotécnica.