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Carlos Cruz: “Verdadeiros abusadores estão a rir-se”

Rotertinho

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Apresentador vai publicar processo ‘Casa Pia’ em site
Carlos Cruz: “Verdadeiros abusadores estão a rir-se”

O apresentador Carlos Cruz disse esta quinta-feira estar inocente de toda e qualquer acusação no âmbito do processo Casa Pia, cuja sentença será conhecida a 9 de Julho.

“Os verdadeiros abusadores estão a rir-se neste momento”, sublinhou em entrevista à TVI, deixando um apelo: “Procurem os abusadores. Não viram que havia contradições nos depoimentos?”

À pergunta do jornalista Henrique Garcia sobre quem é Carlos Cruz hoje em dia, o arguido disse ser alguém “que nunca abusou ninguém, nunca teve relações homossexuais com ninguém”. Nem em fantasias.

Além disso, Carlos Cruz referiu que a sua família “tem uma vida destruída”, mas continua a acreditar que vai conseguir mostrar estar inocente.

“O processo Casa Pia é uma enorme mentira”, disse ainda, referindo haver falhas, erros e imprecisões. “Não tenho possibilidades de ter mais meios de defesa. Estes quatro anos e meio de processo falam por si. Tenho provas de que não estive em Elvas e tenho provas de que não estive na Avenida das Forças Armadas. Vou continuar a lutar para encontrar mais provas”, sustentou.

Cruz anunciou igualmente que se prepara para lançar um site onde vai colocar todo o processo e responder a quaisquer perguntas colocadas pelos internautas.

Apesar de rejeitar a tese de “conspiração” em torno do seu envolvimento no caso Casa Pia, Carlos Cruz diz que só foi indiciado porque aparecia na televisão e realçou que há sempre uma “figura mediática” nos grandes casos de abusos sexuais de menores que vêm a público. “Prender o Carlos Cruz deu credibilidade ao processo.”

“Havia uma vontade de me manter preso”, sustentou, ao mesmo tempo que referiu não existir nenhum relatório de vigilância, nenhuma escuta ao seu telefone ou vídeo que o envolvessem.

“Se não tivesse aparecido na televisão não teria sido envolvido no processo”, acrescentou. Carlos Cruz lembrou que se emociou nas entrevistas que deu em 2002 na TVI e na RTP, quando as perguntas abordavam os efeitos da acusação sobre a sua família. Sobre o choro, disse que houve pessoas na investigação que pensaram: “Estás a chorar, és culpado.”

Sobre os seus co-arguidos, Cruz acredita que estão também inocentes, garantindo que não os conhecia de parte alguma e que o culpado é o Estado, ao permitir que os abusos continuassem na Casa Pia. “Uma das vantagens deste processo foi ter alertado para estas situações inimagináveis”, explicou.

Em relação a Paulo Pedroso, sublinhou estar contente por o socialista não estar envolvido no processo, dado acreditar que também ele é inocente. No entanto, lembrou: “Os rapazes que acusam Paulo Pedroso são os mesmos que me acusam a mim.” “São os mesmos rapazes, mais crimes. Ele não é pronunciado e eu sou. Esse é um dado objectivo”, sustentou.

À TVI, Carlos Cruz respondeu a outros tópicos que constam do processo, nomeadamente a suposta fuga para o Algarve que motivou a sua ordem de prisão. Sobre a velocidade a que ia, rejeitou que fosse a 250 quilómetros/hora, apontando mais para os 180. Quando questionado sobre o motivo de tanta pressa, Carlos Cruz defendeu: “Porque era tarde, tinha os meus sogros à espera. Tinha lá uns carapaus à minha espera [para jantar].”

No entender do profissional de televisão, a tese da fuga não faz sentido até porque não tinha documentos além da carta de condução.

Em relação ao tempo que passou preso, Carlos Cruz explicou que sempre foi “bem tratado por todos os guardas e pelos outros presos”, mas sublinhou que não ia ao pátio por sua vontade.

No final da conversa, Carlos Cruz referiu que estará a 9 de Julho no tribunal para ouvir a sentença e realçou acreditar que nunca uma mentira durará para sempre.


Correio da Manha
 
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