Rotertinho
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Lisboa: Corporações preparadas para um período estival quente
Bombeiros sem treino combatem fogos de Verão
Falta formação profissional. Os bombeiros passam o ano sem formação e depois vão para os incêndios". A acusação, proferida à margem das comemorações do Dia do Bombeiro Português, é de Fernando Curto, presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP).
Anteontem, na VIII Grande Gala Prestígio ANBP para os Bombeiros de Portugal, o presidente quis lembrar que, embora estejam "em geral, bem organizados", os bombeiros profissionais apresentam ainda algumas "lacunas graves". Para além da falta de formação profissional, Fernando Curto lamenta a escassez de bombeiros efectivos, a legislação e os financiamentos actuais. "É preciso um investimento muito maior nos bombeiros. É necessário criar condições para os que cá estão e para os novos. Actualmente não há reposição regular dos aposentados". O responsável pede que seja repensado o sector e defende uma "legislação específica para os bombeiros profissionais e para os voluntários, de acordo com os serviços e a sustentabilidade". Considera igualmente "urgente" uma reflexão sobre as políticas de financiamento.
A opinião é partilhada pelo presidente da Liga dos Bombeiros, Duarte Caldeira. "É preciso definir o financiamento", alerta.
As declarações dos responsáveis marcaram o dia em que o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, anunciou um investimento de mais de sete milhões de euros em infra-estruturas e materiais para 12 corporações de bombeiros voluntários de todo o País.
Com o Verão a chegar, Fernando Curto confessou ainda estar "receoso" com o que possa acontecer. "Temos muito mato. Com o calor vai secar e vai ser um rastilho muito grande. Há um conjunto de entidades que deviam entrar em campo e tomar medidas de prevenção para não complicar o trabalho dos bombeiros".
Em declarações ao CM, Duarte Caldeira afirmou acreditar que os bombeiros portugueses "estão em condições de enfrentar um Verão que pode ser difícil".
PORMENORES
APOIO CAMARÁRIO
Mais de 400 associações de bombeiros contam com o apoio das câmaras municipais para superarem dificuldades.
VERÃO SEVERO
Duarte Caldeira prevê um Verão difícil. "Sempre que há um Inverno rigoroso, a este sucede-se um Verão igualmente rigoroso".
UM POR MIL
É desejável que exista um bombeiro por mil habitantes. Isso nem sempre acontece.
TRANSPORTE DE DOENTES
"Sem o transporte de doentes, os bombeiros vão perder uma das principais receitas", diz Curto.
FASE 'BRAVO' AVANÇA AMANHÃ
Começa amanhã a fase ‘Bravo’ de combate aos incêndios florestais, a segunda mais crítica, que este ano conta com a mobilização de 6651 homens, 1528 veículos e 34 aeronaves. A Autoridade Nacional de Protecção Civil adiou o seu início de 15 de Maio para 1 de Junho devido às condições atmosféricas. Para Fernando Curto, uma decisão "legítima e natural". A 1 de Julho, terá início a fase ‘Charlie’, a de maior risco, com 9985 elementos, 2177 veículos e 56 aeronaves.
PROTECÇÃO CIVIL DE LISBOA VAI PARA MONSANTO
No máximo quatro anos. Este é o prazo que a Câmara de Lisboa quer ver cumprido para a transferência de instalações dos Serviços Municipais de Protecção Civil, Regimento de Sapadores Bombeiros, Polícia Municipal e Polícia Florestal para um edifício que vai ser construído em Monsanto. "É a prioridade das prioridades", assume ao CM o vereador da Protecção Civil da Câmara de Lisboa, Manuel Brito. O novo edifício, orçado em 16 milhões de euros, fica em Monsanto, no antigo restaurante Panorâmico, "porque é a zona mais segura da capital a nível sísmico e permite chegar a todos os locais da cidade", explica Manuel Brito.
Correio da Manha
Bombeiros sem treino combatem fogos de Verão
Falta formação profissional. Os bombeiros passam o ano sem formação e depois vão para os incêndios". A acusação, proferida à margem das comemorações do Dia do Bombeiro Português, é de Fernando Curto, presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP).
Anteontem, na VIII Grande Gala Prestígio ANBP para os Bombeiros de Portugal, o presidente quis lembrar que, embora estejam "em geral, bem organizados", os bombeiros profissionais apresentam ainda algumas "lacunas graves". Para além da falta de formação profissional, Fernando Curto lamenta a escassez de bombeiros efectivos, a legislação e os financiamentos actuais. "É preciso um investimento muito maior nos bombeiros. É necessário criar condições para os que cá estão e para os novos. Actualmente não há reposição regular dos aposentados". O responsável pede que seja repensado o sector e defende uma "legislação específica para os bombeiros profissionais e para os voluntários, de acordo com os serviços e a sustentabilidade". Considera igualmente "urgente" uma reflexão sobre as políticas de financiamento.
A opinião é partilhada pelo presidente da Liga dos Bombeiros, Duarte Caldeira. "É preciso definir o financiamento", alerta.
As declarações dos responsáveis marcaram o dia em que o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, anunciou um investimento de mais de sete milhões de euros em infra-estruturas e materiais para 12 corporações de bombeiros voluntários de todo o País.
Com o Verão a chegar, Fernando Curto confessou ainda estar "receoso" com o que possa acontecer. "Temos muito mato. Com o calor vai secar e vai ser um rastilho muito grande. Há um conjunto de entidades que deviam entrar em campo e tomar medidas de prevenção para não complicar o trabalho dos bombeiros".
Em declarações ao CM, Duarte Caldeira afirmou acreditar que os bombeiros portugueses "estão em condições de enfrentar um Verão que pode ser difícil".
PORMENORES
APOIO CAMARÁRIO
Mais de 400 associações de bombeiros contam com o apoio das câmaras municipais para superarem dificuldades.
VERÃO SEVERO
Duarte Caldeira prevê um Verão difícil. "Sempre que há um Inverno rigoroso, a este sucede-se um Verão igualmente rigoroso".
UM POR MIL
É desejável que exista um bombeiro por mil habitantes. Isso nem sempre acontece.
TRANSPORTE DE DOENTES
"Sem o transporte de doentes, os bombeiros vão perder uma das principais receitas", diz Curto.
FASE 'BRAVO' AVANÇA AMANHÃ
Começa amanhã a fase ‘Bravo’ de combate aos incêndios florestais, a segunda mais crítica, que este ano conta com a mobilização de 6651 homens, 1528 veículos e 34 aeronaves. A Autoridade Nacional de Protecção Civil adiou o seu início de 15 de Maio para 1 de Junho devido às condições atmosféricas. Para Fernando Curto, uma decisão "legítima e natural". A 1 de Julho, terá início a fase ‘Charlie’, a de maior risco, com 9985 elementos, 2177 veículos e 56 aeronaves.
PROTECÇÃO CIVIL DE LISBOA VAI PARA MONSANTO
No máximo quatro anos. Este é o prazo que a Câmara de Lisboa quer ver cumprido para a transferência de instalações dos Serviços Municipais de Protecção Civil, Regimento de Sapadores Bombeiros, Polícia Municipal e Polícia Florestal para um edifício que vai ser construído em Monsanto. "É a prioridade das prioridades", assume ao CM o vereador da Protecção Civil da Câmara de Lisboa, Manuel Brito. O novo edifício, orçado em 16 milhões de euros, fica em Monsanto, no antigo restaurante Panorâmico, "porque é a zona mais segura da capital a nível sísmico e permite chegar a todos os locais da cidade", explica Manuel Brito.
Correio da Manha