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Viseu
Bruxarias com galinhas e 'whisky' nos cemitérios
por AMADEU ARAÚJO, V
Bruxarias com galinhas e 'whisky' nos cemitérios
por AMADEU ARAÚJO, V
Objectos estranhos encontrados em Ranhados, Repeses e Paradinha já motivaram queixas à PSP, que está a investigar o caso
Vários cemitérios da região de Viseu estão a ser usados para práticas de bruxaria e magia negra. O último achado, galinhas pretas e garrafas de whisky, ocorreu em Ranhados, dos principais cemitérios de Viseu, e já está a ser investigado pela PSP. A denúncia, pública, foi feita durante a apresentação de uma iniciativa na freguesia mas não é caso único no distrito.
"O cemitério de Ranhados tem sido usado por algumas pessoas que vão lá para dentro, à noite, à procura de outras coisas", contou o presidente da junta de freguesia. António Mateus adiantou que no cemitério "foram encontradas galinhas pretas e garrafas de whisky. São situações complicadas e que nos levaram a alertar a PSP". O cemitério "está fechado mas tem havido algumas pessoas que saltam o muro e praticam ali actos de bruxaria e magia negra", confirmou fonte da PSP que assumiu as investigações. Mas há mais. O cemitério é usado para "missas negras", explicou um popular, vizinho do espaço, e práticas "ligadas à quimbanda. As oferendas de animais e a presença de garrafas são trazidas por algumas pessoas que aí vêm depois de consultar alguns videntes e que lhes dizem para fazer estas ofertas". Em causa estão " crimes de profanação de local de culto, de local fúnebre, de dano patrimonial e que causam alarme social", adiantou a PSP.
Na cidade outros cemitérios, como o de Repeses e de Paradinha, têm servido para rituais macabros. Em finais do ano passado os moradores de Repeses encontraram no cemitério "uma galinha preta sem cabeça, uma garrafa de whisky, vários charutos e diversas velas pretas". Em Paradinha, os moradores têm encontrado vestígios de actividades estranhas. "Uma toalha com duas garrafas de champanhe, um prato com uma rosa, tabaco, duas velas e uma cruz", contam os habitantes.
De acordo com as autoridades, que ainda "não têm suspeitos", estes rituais "começaram há um ano, em Santos Êvos, em cujo cemitério foi encontrado um pano vermelho, um ramo de rosas vermelhas, assim como um verniz e um batom do mesmo tom, além de uma sombra para os olhos". Por cima das campas foi ainda encontrado "uma garrafa de espumante, com parte do líquido virado num copo, uma caixa de cigarrilhas, com uma beata e também umas argolas e pulseiras douradas".
A PSP reconheceu a dificuldade das investigações uma vez que, destes actos, "raramente há testemunhas".