Rotertinho
GF Ouro
- Entrou
- Abr 6, 2010
- Mensagens
- 7,883
- Gostos Recebidos
- 8
Lisboa: Comissão de Protecção de Jovens decidiu esta semana
Jovem ucraniano retirado aos pais
A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Lisboa decidiu retirar aos pais o rapaz ucraniano de 16 anos que no mês passado tentou matar os progenitores com uma bomba artesanal na travessa de Campo de Ourique.
Tudo porque não o deixavam sair de casa há cerca de seis anos. Depois de feita uma avaliação, esta semana a Comissão tomou a decisão de colocar o jovem numa instituição de acolhimento e assim afastá-lo do seio familiar. "Reunimos a informação e decidimos que era a medida adequada", confirmou fonte da CPCJ.
Ao que o CM apurou, o que mais pesou para a retirada do jovem foi o facto de se comprovar a veracidade das declarações de Yevhenty, que davam conta de seis anos de prisão dentro da própria casa, desde a chegada a Portugal em 2004. Aliás, os próprios pais, com cerca de 40 anos e em permanência ilegal no nosso País, justificaram tal situação com as dificuldades económicas em que viviam. Como tal não deixavam o rapaz sair de casa. A situação também foi confirmada pelos vizinhos, que não o conheciam.
Cansado de viver enclausurado, Yevhenty planeou o ataque ao pormenor. Através de séries e filmes que via na televisão aprendeu a fazer um ‘cocktail molotov’, mas à falta de petróleo ou gasolina construiu-o à base de acetona, tornando-o menos inflamável. Na madrugada do dia 18 de Maio, enquanto os pais dormiam, o jovem lançou-lhes o engenho – que não explodiu. Com a aflição atirou-se do segundo andar, ficando ferido com gravidade. Ainda está internado no Hospital de Santa Maria.
A nível judicial, se o Ministério Público actuar, tanto pais como filho poderão responder por crimes: Yevhenty, uma vez que já é imputável, por tentativa de homicídio privilegiado; e os pais responderão por sequestro do próprio filho.
PORMENORES
ALCOÓLICOS
Ao que o CM apurou, também se provou a dependência de álcool por parte dos pais de Yevhenty, algo de que o jovem também se queixou. Para além disso, a mãe do rapaz era vítima de maus-tratos por parte do marido, que era violento.
PORTUGUÊS
Quando deu entrada no Hospital de Santa Maria, Yevhenty falou português aos médicos e enfermeiras. Disse que aprendeu a língua com os programas de televisão, a única coisa que os pais o deixavam fazer. Foi assim que explicou a sua situação.
TRIBUNAL
Dada a gravidade do caso, a CPCJ reportou a situação ao Tribunal de Família e Menores para eventual procedimento criminal. O jovem e os pais podem responder por homicídio tentado e sequestro, respectivamente.
Correio da Manha
Jovem ucraniano retirado aos pais
A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Lisboa decidiu retirar aos pais o rapaz ucraniano de 16 anos que no mês passado tentou matar os progenitores com uma bomba artesanal na travessa de Campo de Ourique.
Tudo porque não o deixavam sair de casa há cerca de seis anos. Depois de feita uma avaliação, esta semana a Comissão tomou a decisão de colocar o jovem numa instituição de acolhimento e assim afastá-lo do seio familiar. "Reunimos a informação e decidimos que era a medida adequada", confirmou fonte da CPCJ.
Ao que o CM apurou, o que mais pesou para a retirada do jovem foi o facto de se comprovar a veracidade das declarações de Yevhenty, que davam conta de seis anos de prisão dentro da própria casa, desde a chegada a Portugal em 2004. Aliás, os próprios pais, com cerca de 40 anos e em permanência ilegal no nosso País, justificaram tal situação com as dificuldades económicas em que viviam. Como tal não deixavam o rapaz sair de casa. A situação também foi confirmada pelos vizinhos, que não o conheciam.
Cansado de viver enclausurado, Yevhenty planeou o ataque ao pormenor. Através de séries e filmes que via na televisão aprendeu a fazer um ‘cocktail molotov’, mas à falta de petróleo ou gasolina construiu-o à base de acetona, tornando-o menos inflamável. Na madrugada do dia 18 de Maio, enquanto os pais dormiam, o jovem lançou-lhes o engenho – que não explodiu. Com a aflição atirou-se do segundo andar, ficando ferido com gravidade. Ainda está internado no Hospital de Santa Maria.
A nível judicial, se o Ministério Público actuar, tanto pais como filho poderão responder por crimes: Yevhenty, uma vez que já é imputável, por tentativa de homicídio privilegiado; e os pais responderão por sequestro do próprio filho.
PORMENORES
ALCOÓLICOS
Ao que o CM apurou, também se provou a dependência de álcool por parte dos pais de Yevhenty, algo de que o jovem também se queixou. Para além disso, a mãe do rapaz era vítima de maus-tratos por parte do marido, que era violento.
PORTUGUÊS
Quando deu entrada no Hospital de Santa Maria, Yevhenty falou português aos médicos e enfermeiras. Disse que aprendeu a língua com os programas de televisão, a única coisa que os pais o deixavam fazer. Foi assim que explicou a sua situação.
TRIBUNAL
Dada a gravidade do caso, a CPCJ reportou a situação ao Tribunal de Família e Menores para eventual procedimento criminal. O jovem e os pais podem responder por homicídio tentado e sequestro, respectivamente.
Correio da Manha