Rotertinho
GF Ouro
- Entrou
- Abr 6, 2010
- Mensagens
- 7,884
- Gostos Recebidos
- 8
Turquia: Activistas da ‘Flotilha da Liberdade’ acusam Israel de maus tratos
“Comemos uma vez em três dias”
À chegada a Istambul, cerca de 500 activistas da ‘Flotilha da Liberdade’, atacada por Israel na segunda-feira, foram saudados como heróis, enquanto os nove mortos do assalto tiveram honras de Estado. Os organizadores da missão e três activistas espanhóis, ainda revoltados com a tragédia, denunciaram os maus tratos de que alegadamente foram vítimas às mãos da Mossad durante três dias de cativeiro em Israel.
"Comemos uma única vez e fomos interrogados durante horas seguidas", asseguraram os espanhóis Laura Arau, Manuel Tapial e David Segarra.
Este último, jornalista da cadeia de TV venezuelana Telesur, afirma que a brutalidade da abordagem ao ‘Mavi Marmara’ não tem justificação, pois, ao contrário do afirmado por Israel, não havia armas a bordo: "A única coisa usada para nos defendermos foram facas de cozinha e paus, coisas que se encontram em qualquer barco, e isso não serve para fazer frente a uma unidade de elite".
Bulent Yildrim, um dos organizadores da flotilha, admitiu que alguns militares foram desarmados, mas diz que as armas foram lançadas ao mar.
Os soldados terão feito o mesmo a activistas baleados, dizem alguns sobreviventes, segundo os quais podem ter morrido 19 pessoas no assalto.
Os mortos conhecidos, oito turcos e um jovem de 19 anos com dupla nacionalidade turca e americana, foram recebidos por membros do governo e por vivas da população, que à chegada dos corpos gritou ‘Deus é grande’.
Israel resistiu, entretanto, a pressões para um inquérito, apesar de a ONU, apoiada pelos EUA, ter aprovado uma comissão para esclarecimento dos factos.
DEPUTADA ÁRABE VÍTIMA DE INSULTOS
O debate parlamentar sobre o assalto à frota humanitária quase levou os deputados israelitas a cenas de pugilato. A tensão aumentou quando falava a deputada árabe Hanin Zoabi, que viu tudo de perto, pois seguia a bordo de um dos navios. Uma colega ultranacionalista empurrou Zoabi e afastou-a do microfone, enquanto outros lhe chamavam "traidora" e "inimiga".
PORMENORES
ULTIMATO DA TURQUIA
O governo turco deu ontem 24 horas para o repatriamento de todos os activistas turcos detidos. Reiterou, além disso, que só retomará relações com Israel quando for levantado o bloqueio à Faixa de Gaza.
BARCO PERTO DE GAZA
O ‘Rachel Corrie’, barco sobrevivente da ‘Flotilha da Liberdade’, continua a caminho de Gaza, devendo chegar ao território palestiniano hoje ou amanhã. Israel promete barrar a sua passagem.
ISRAEL CEDE AOS EUA
O governo israelita, pressionado pelos EUA, acedeu a investigar o assalto, mas em moldes diferentes dos propostos pela ONU: a comissão deve ser israelita com a participação de observadores estrangeiros.
Correio da Manha
“Comemos uma vez em três dias”
À chegada a Istambul, cerca de 500 activistas da ‘Flotilha da Liberdade’, atacada por Israel na segunda-feira, foram saudados como heróis, enquanto os nove mortos do assalto tiveram honras de Estado. Os organizadores da missão e três activistas espanhóis, ainda revoltados com a tragédia, denunciaram os maus tratos de que alegadamente foram vítimas às mãos da Mossad durante três dias de cativeiro em Israel.
"Comemos uma única vez e fomos interrogados durante horas seguidas", asseguraram os espanhóis Laura Arau, Manuel Tapial e David Segarra.
Este último, jornalista da cadeia de TV venezuelana Telesur, afirma que a brutalidade da abordagem ao ‘Mavi Marmara’ não tem justificação, pois, ao contrário do afirmado por Israel, não havia armas a bordo: "A única coisa usada para nos defendermos foram facas de cozinha e paus, coisas que se encontram em qualquer barco, e isso não serve para fazer frente a uma unidade de elite".
Bulent Yildrim, um dos organizadores da flotilha, admitiu que alguns militares foram desarmados, mas diz que as armas foram lançadas ao mar.
Os soldados terão feito o mesmo a activistas baleados, dizem alguns sobreviventes, segundo os quais podem ter morrido 19 pessoas no assalto.
Os mortos conhecidos, oito turcos e um jovem de 19 anos com dupla nacionalidade turca e americana, foram recebidos por membros do governo e por vivas da população, que à chegada dos corpos gritou ‘Deus é grande’.
Israel resistiu, entretanto, a pressões para um inquérito, apesar de a ONU, apoiada pelos EUA, ter aprovado uma comissão para esclarecimento dos factos.
DEPUTADA ÁRABE VÍTIMA DE INSULTOS
O debate parlamentar sobre o assalto à frota humanitária quase levou os deputados israelitas a cenas de pugilato. A tensão aumentou quando falava a deputada árabe Hanin Zoabi, que viu tudo de perto, pois seguia a bordo de um dos navios. Uma colega ultranacionalista empurrou Zoabi e afastou-a do microfone, enquanto outros lhe chamavam "traidora" e "inimiga".
PORMENORES
ULTIMATO DA TURQUIA
O governo turco deu ontem 24 horas para o repatriamento de todos os activistas turcos detidos. Reiterou, além disso, que só retomará relações com Israel quando for levantado o bloqueio à Faixa de Gaza.
BARCO PERTO DE GAZA
O ‘Rachel Corrie’, barco sobrevivente da ‘Flotilha da Liberdade’, continua a caminho de Gaza, devendo chegar ao território palestiniano hoje ou amanhã. Israel promete barrar a sua passagem.
ISRAEL CEDE AOS EUA
O governo israelita, pressionado pelos EUA, acedeu a investigar o assalto, mas em moldes diferentes dos propostos pela ONU: a comissão deve ser israelita com a participação de observadores estrangeiros.
Correio da Manha