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Alemanha: Governo de Merkel avança com medidas para cortar o défice

Rotertinho

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Alemanha: Governo de Merkel avança com medidas para cortar o défice
O mais duro plano do pós-guerra

Após dois dias de reuniões, o governo alemão anunciou ontem o mais duro plano de poupança desde o final da II Guerra Mundial (1945) para reduzir o défice. "Temos de assegurar o futuro do nosso país", justificou Angela Merkel. Muito criticada pela sua reacção lenta na protecção do euro, a chanceler alemã pretende que este pacote de medidas constitua um exemplo para toda a Europa.

O plano de austeridade prevê, nomeadamente, uma redução de 15 mil funcionários públicos até 2014 (11 mil dos quais já em 2011), cortes nos benefícios sociais, incluindo nos abonos de família para os de--sempregados e nas ajudas para aluguer de casa para jovens. O sistema de pensões não sofre alterações.

A Defesa é um dos ministérios mais atingidos por este plano, já que leva um corte significativo no seu orçamento e tem a exigência de reduzir em 40 mil o número de soldados nas Forças Armadas, que conta com 250 mil militares. Só o Ministério da Educação e a investigação escaparam aos cortes, cujos orçamentos aumentaram em 12 milhões de euros. Suspensas ficam, igualmente, as grandes obras, como a reconstrução do Palácio Imperial de Berlim, projecto que não avançará antes de 2014.

Para aumentar as receitas, o governo alemão não vai aumentar o IRS e o IVA como se previa. Mas pretende impor uma taxa à banca em 2012 para sufragar futuros resgates, bem como uma taxa ecológica ao tráfego aéreo, e criar um imposto para as centrais nucleares em troca da moratória dos seus encerramentos.

Maior economia da Europa, a Alemanha fechou o ano fiscal de 2009 com um dos défices mais baixos da União Europeia (3,3%), mas as políticas de estímulo implementadas durante este ano deverão aumentá-lo para 5% até ao final do ano. Com estas medidas, o executivo de Merkel espera poupar 11,1 milhões de euros em 2011 e 80 mil milhões até 2014. Em 2013 espera voltar a cumprir o limite de défice de 3% do PIB. Guido Westerwelle, vice-chanceler alemão, justificou este aperto de cinto: "Nos últimos anos, temos vivido acima das nossas possibilidades". n *Com agências

CAMERON AVISA QUE DÉFICE É PIOR DO QUE SE PENSAVA

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, advertiu ontem que o défice público do Reino Unido "é pior do que pensava e que o país tem vivido acima das suas possibilidades".

Num discurso proferido em Milton Keynes, Cameron afirmou que o défice britânico ascende a 156 mil milhões de libras ( 177 840 milhões de euros) e acusou o anterior executivo de gastar demais. Adiantou que, para recuperar a estabilidade financeira, serão necessárias medidas que afectarão "o modo de vida da população durante anos".

APONTAMENTOS

GRANDES OBRAS PARAM

As grandes obras ficam suspensas, como é o caso do projecto de reconstrução do Palácio Imperial de Berlim, para o qual estavam orçamentados 400 milhões de euros.

HUNGRIA LIMITA DÉFICE

O novo governo da Hungria apresenta hoje um plano de acção para limitar o défice público a 3,8% do PIB. O anúncio surge após membros do governo terem afirmado que o défice poderia atingir 7,0% a 7,5% este ano.


Correio da Manha
 
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