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“Ameaçaram que me atiravam ao rio”

Rotertinho

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Alcobaça: Vítima de sequestro viveu cinco horas de medo
“Ameaçaram que me atiravam ao rio”

Leandro esteve sequestrado mais de cinco horas às mãos de um grupo que exigia o pagamento de uma dívida de 31 mil euros por um negócio de transporte de mercadoria em que foi intermediário. Metido à força num carro, depois dos sequestradores terem vasculhado as suas duas casas em Alcobaça, e obrigado a ir a um banco na tentativa de levantar dinheiro para pagar, foi levado para o escritório de uma empresa, em Peso da Régua, onde viria a ser resgatado pela Polícia Judiciária.

A vítima, Leandro Ferreira, 27 anos, gestor de tráfego – faz a mediação entre as firmas e os transitários –, foi surpreendido na tarde de sexta-feira, quando almoçava num restaurante em Alcobaça, por um grupo de homens que pretendia cobrar a verba devida a uma empresa de transportes de Peso da Régua. "Cheguei a temer pela minha vida. Ameaçaram matar-me e atirar-me ao rio Douro", contou ontem ao CM, explicando que a dívida em causa, de 31 800 euros, não é sua mas das empresas que representa. "E as facturas ainda não estão vencidas", diz.

O intermediário conta que foi abordado pelas 13h30 e obrigado a seguir para a sede da empresa credora, depois de o grupo ter remexido as suas casas e "levado alguns bens", além de o terem obrigado a ir ao banco. "Levaram--me sob ameaça de morte. Cheguei a Peso da Régua às 16h00 e estive três horas num contentor/escritório", diz Leandro Ferreira, que conseguiu avisar a mulher, por telemóvel, que alertou a GNR de Alcobaça. A PJ de Leiria e Vila Real intervieram pouco depois e libertaram-no, detendo o mandante e dois dos operacionais. O intermediário, sempre sujeito a ameaças verbais, diz que os agressores tinham soqueiras e uma pistola, mas a PJ não encontrou esta arma.

"PEDI AJUDA A ANIGOS PARA COBRAR DÍVIDA"

António Rodrigues, dono da empresa de Peso da Régua e alegado mandante do crime, destacou ao CM que "não houve qualquer tipo de agressão", o que a vítima confirma. "Ele pôde usar sempre os telefones e até os computadores da minha empresa para contactar a família e as empresas que representa, para procurar arranjar dinheiro para pagar a dívida, com dois meses". António Rodrigues diz que o queixoso "estava de livre vontade e depois inventou um sequestro", salientando que pediu ajuda a "dois amigos" para cobrar a dívida. Os três estão em liberdade. Leandro Ferreira diz que há mais dois envolvidos, que saíram do carro antes de Peso da Régua.


Correio da Manha
 
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