Rotertinho
GF Ouro
- Entrou
- Abr 6, 2010
- Mensagens
- 7,884
- Gostos Recebidos
- 8
Reino Unido: Ministro das Finanças anuncia criação de ‘Star Chamber’
‘Cérebros’ ajudam a cortar o défice
O titular das Finanças do Reino Unido, George Osborne, convocou ontem os mais brilhantes ‘cérebros’ do país, políticos, sindicatos, organizações não-governamentais e membros do público para um debate sobre como combater o enorme défice orçamental que herdou do governo trabalhista e que ascende a 156 mil milhões de libras (cerca de 177,84 mil milhões de euros). Só em Outubro, após este amplo debate, o governo de David Cameron anunciará medidas concretas para enfrentar a crise.
Falando perante o Parlamento, Osborne afirmou que o grande desafio é conseguir que o país viva dentro das suas possibilidades após anos de gastos excessivos, dívidas e irresponsabilidades. O ministro confirmou a criação de uma comissão de notáveis (‘Star Chamber’) a quem os ministérios terão de justificar os seus gastos.
Na véspera deste anúncio, o primeiro--ministro britânico advertira que o défice que o seu governo herdou é maior do que pensava – cerca de 11% do PIB – e avisou que as medidas a tomar irão afectar durante anos o modo de vida dos britânicos.
Fontes próximas do governo adiantaram ontem que Cameron irá implementar medidas semelhantes às tomadas por outros países europeus, incluindo cortes nos benefícios sociais e aumento dos impostos.
A agência de rating Fitch está a pressionar o executivo de David Cameron no sentido de avançar já este mês com as medidas de austeridade.
MILHARES CONTRA ZAPATERO
A primeira greve geral da Função Pública espanhola durante a governação de José Luis Rodríguez Zapatero, convocada em protesto contra as medidas de austeridade, contou com uma adesão acima dos 75,3%, de acordo com os sindicatos, e de 11,85%, segundo o governo. No entanto, a greve geral dos funcionários públicos espanhóis, que totalizam 2,6 milhões, não afectou sectores como transportes, saúde e educação. Durante a paralisação, dezenas de milhares de trabalhadores participaram em protestos nas principais cidades contra as medidas de austeridade, que incluem cortes nos salários dos funcionários públicos. Para Barcelona, na Catalunha, convergiram entre trinta (segundo a polícia) a setenta mil pessoas (sindicatos). Já em Madrid, mais de 1500 pessoas participaram na manifestação.
APONTAMENTOS
FITCH AMEAÇA RATING
A agência de rating Fitch alertou o governo britânico de coligação Conservador e Liberal que poderá baixar o AAA atribuído à dívida externa devido à notória fragilidade do défice.
10 MILHÕES DE BÓNUS
A saída de 218 parlamentares derrotados nas eleições gerais de Maio custa 10 432 053, 92 libras (mais de 13 milhões de euros) em subsídios de reintegração. Os apoios vão até 64 766 libras.
MAIS DESIGUALDADE
Liam Byrne, antigo secretário de Estado trabalhista do Tesouro, disse ontem que desde 1970 em todos os países "cortar défice provocou sempre aumento das desigualdades".
ALIANÇA PELA POUPANÇA
Um plano de restrições às mordomias dos políticos, que aplicado este ano pouparia 3,28 milhões de libras ao Reino Unido, vai avançar com o novo governo.
Correio da Manha
‘Cérebros’ ajudam a cortar o défice
O titular das Finanças do Reino Unido, George Osborne, convocou ontem os mais brilhantes ‘cérebros’ do país, políticos, sindicatos, organizações não-governamentais e membros do público para um debate sobre como combater o enorme défice orçamental que herdou do governo trabalhista e que ascende a 156 mil milhões de libras (cerca de 177,84 mil milhões de euros). Só em Outubro, após este amplo debate, o governo de David Cameron anunciará medidas concretas para enfrentar a crise.
Falando perante o Parlamento, Osborne afirmou que o grande desafio é conseguir que o país viva dentro das suas possibilidades após anos de gastos excessivos, dívidas e irresponsabilidades. O ministro confirmou a criação de uma comissão de notáveis (‘Star Chamber’) a quem os ministérios terão de justificar os seus gastos.
Na véspera deste anúncio, o primeiro--ministro britânico advertira que o défice que o seu governo herdou é maior do que pensava – cerca de 11% do PIB – e avisou que as medidas a tomar irão afectar durante anos o modo de vida dos britânicos.
Fontes próximas do governo adiantaram ontem que Cameron irá implementar medidas semelhantes às tomadas por outros países europeus, incluindo cortes nos benefícios sociais e aumento dos impostos.
A agência de rating Fitch está a pressionar o executivo de David Cameron no sentido de avançar já este mês com as medidas de austeridade.
MILHARES CONTRA ZAPATERO
A primeira greve geral da Função Pública espanhola durante a governação de José Luis Rodríguez Zapatero, convocada em protesto contra as medidas de austeridade, contou com uma adesão acima dos 75,3%, de acordo com os sindicatos, e de 11,85%, segundo o governo. No entanto, a greve geral dos funcionários públicos espanhóis, que totalizam 2,6 milhões, não afectou sectores como transportes, saúde e educação. Durante a paralisação, dezenas de milhares de trabalhadores participaram em protestos nas principais cidades contra as medidas de austeridade, que incluem cortes nos salários dos funcionários públicos. Para Barcelona, na Catalunha, convergiram entre trinta (segundo a polícia) a setenta mil pessoas (sindicatos). Já em Madrid, mais de 1500 pessoas participaram na manifestação.
APONTAMENTOS
FITCH AMEAÇA RATING
A agência de rating Fitch alertou o governo britânico de coligação Conservador e Liberal que poderá baixar o AAA atribuído à dívida externa devido à notória fragilidade do défice.
10 MILHÕES DE BÓNUS
A saída de 218 parlamentares derrotados nas eleições gerais de Maio custa 10 432 053, 92 libras (mais de 13 milhões de euros) em subsídios de reintegração. Os apoios vão até 64 766 libras.
MAIS DESIGUALDADE
Liam Byrne, antigo secretário de Estado trabalhista do Tesouro, disse ontem que desde 1970 em todos os países "cortar défice provocou sempre aumento das desigualdades".
ALIANÇA PELA POUPANÇA
Um plano de restrições às mordomias dos políticos, que aplicado este ano pouparia 3,28 milhões de libras ao Reino Unido, vai avançar com o novo governo.
Correio da Manha