Rotertinho
GF Ouro
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Maré negra: Governo federal mantém forte pressão sobre a petrolífera
“Há crude abaixo da superfície”
A catástrofe ecológica causada pela explosão, no passado dia 20 de Abril, de uma plataforma petrolífera da empresa britânica British Petroleum (BP) no Golfo do México assume, a cada dia que passa, proporções mais graves. Ontem, a directora da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA confirmou notícias vindas a lume na semana passada sobre a existências de manchas submarinas. "São concentrações muito pequenas, mas definitivamente há petróleo debaixo da superfície", admitiu Jane Lubchenco.
Quando surgiram as notícias sobre as manchas submarinas, o director executivo da BP, Tony Hayward, negou a sua existência, e a própria Lubchenco considerou prematuro chegar a essa conclusão.
A existência das manchas foi detectada pela primeira vez por cientistas da Universidade do Sul da Florida, que recolheram amostras a grande profundidade e a mais de 60 km do lugar onde explodiu a plataforma. Pelo menos meia dezena de outros investigadores confirmaram esta conclusão e puseram em causa o uso de dispersantes. Mas Hayward insistiu então que o crude estava só à superfície.
Além das manchas submarinas, um outro problema preocupa a administração Obama, denunciado pela sua assessora Ira Leifer. Investigadora no Departamento de Engenharia Química da Universidade da Califórnia em Santa Barbara, Leifer contesta a última técnica usada pela BP para conter o derrame. Segundo ela, a quantidade de petróleo derramada poderá ter aumentado substancialmente desde que a BP decidiu cortar a tubagem do poço de petróleo para lhe aplicar uma tampa de contenção.
Apesar de a BP assegurar que graças a esta operação está a capturar 2,4 milhões de litros de crude por dia, Ira Leifer afirma que o fluxo que escapa por debaixo da tampa é em muito superior ao que antes saía.
Thad Allen, comandante da Guarda Costeira, que lidera os esforços do governo para contenção do derrame, admite que a quantidade de crude derramada no mar é uma incógnita e que a prioridade agora é reavaliar a situação.
COMENTÁRIOS DE OBAMA FAZEM CAIR ACÇÕES DA BP
O derrame de crude no Golfo do México está a afectar a economia e as acções da BP, que na terça-feira chegaram a cair mais de 6% após os comentários hostis feitos pelo presidente Barack Obama sobre a actuação da empresa nesta tragédia ambiental.
A Agência Internacional de Energia poderá rever em baixa as suas estimativas de produção de petróleo do Golfo do México para 2015 – 300 mil barris diários – atendendo à possibilidade de Washington aplicar leis mais restritivas sobre a perfuração em águas profundas.
APONTAMENTOS
NOVA VISITA DE OBAMA
O presidente Obama vai visitar a zona afectada pela 4.ª vez nas próximas 2.ª e 3.ª feiras.
PLANO DE CONTINGÊNCIA
As autoridades deram 72 horas (até 6.ª feira) à BP para apresentar planos de contingência para captura de petróleo.
BP E A INTERNET
A BP comprou as palavras--chave mais usadas relacionadas com o derrame para reenviar internautas ao seu site.
Correio da Manha
“Há crude abaixo da superfície”
A catástrofe ecológica causada pela explosão, no passado dia 20 de Abril, de uma plataforma petrolífera da empresa britânica British Petroleum (BP) no Golfo do México assume, a cada dia que passa, proporções mais graves. Ontem, a directora da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA confirmou notícias vindas a lume na semana passada sobre a existências de manchas submarinas. "São concentrações muito pequenas, mas definitivamente há petróleo debaixo da superfície", admitiu Jane Lubchenco.
Quando surgiram as notícias sobre as manchas submarinas, o director executivo da BP, Tony Hayward, negou a sua existência, e a própria Lubchenco considerou prematuro chegar a essa conclusão.
A existência das manchas foi detectada pela primeira vez por cientistas da Universidade do Sul da Florida, que recolheram amostras a grande profundidade e a mais de 60 km do lugar onde explodiu a plataforma. Pelo menos meia dezena de outros investigadores confirmaram esta conclusão e puseram em causa o uso de dispersantes. Mas Hayward insistiu então que o crude estava só à superfície.
Além das manchas submarinas, um outro problema preocupa a administração Obama, denunciado pela sua assessora Ira Leifer. Investigadora no Departamento de Engenharia Química da Universidade da Califórnia em Santa Barbara, Leifer contesta a última técnica usada pela BP para conter o derrame. Segundo ela, a quantidade de petróleo derramada poderá ter aumentado substancialmente desde que a BP decidiu cortar a tubagem do poço de petróleo para lhe aplicar uma tampa de contenção.
Apesar de a BP assegurar que graças a esta operação está a capturar 2,4 milhões de litros de crude por dia, Ira Leifer afirma que o fluxo que escapa por debaixo da tampa é em muito superior ao que antes saía.
Thad Allen, comandante da Guarda Costeira, que lidera os esforços do governo para contenção do derrame, admite que a quantidade de crude derramada no mar é uma incógnita e que a prioridade agora é reavaliar a situação.
COMENTÁRIOS DE OBAMA FAZEM CAIR ACÇÕES DA BP
O derrame de crude no Golfo do México está a afectar a economia e as acções da BP, que na terça-feira chegaram a cair mais de 6% após os comentários hostis feitos pelo presidente Barack Obama sobre a actuação da empresa nesta tragédia ambiental.
A Agência Internacional de Energia poderá rever em baixa as suas estimativas de produção de petróleo do Golfo do México para 2015 – 300 mil barris diários – atendendo à possibilidade de Washington aplicar leis mais restritivas sobre a perfuração em águas profundas.
APONTAMENTOS
NOVA VISITA DE OBAMA
O presidente Obama vai visitar a zona afectada pela 4.ª vez nas próximas 2.ª e 3.ª feiras.
PLANO DE CONTINGÊNCIA
As autoridades deram 72 horas (até 6.ª feira) à BP para apresentar planos de contingência para captura de petróleo.
BP E A INTERNET
A BP comprou as palavras--chave mais usadas relacionadas com o derrame para reenviar internautas ao seu site.
Correio da Manha