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Economia japonesa poderá "entrar em colapso", alerta primeiro-ministro nipónico

maioritelia

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O primeiro ministro japonês, Naoto Kan, alertou hoje, sexta-feira, para a possibilidade de a economia japonesa "entrar em colapso" devido à elevada dívida pública e defendeu a urgência de uma reestruturação financeira.

No seu primeiro discurso no parlamento desde que tomou posse, citado pela BBC, o primeiro ministro japonês considerou que sem uma reestruturação financeira, o Japão corre o risco de enfrentar uma crise semelhante à da Grécia.

"A dívida pública do nosso país é enorme. As nossas finanças públicas são as piores de qualquer país desenvolvido", disse Kan, segundo a BBC.

Naoto Kan, que no Executivo anterior assumiu a pasta das Finanças, afirmou que é "difícil manter uma política orçamental baseada, em grande medida, na emissão de títulos do governo".

"Tal como a confusão que está a ter lugar na Zona Euro, alimentada pela situação grega, existe o risco de colapso se deixarmos que a dívida pública continue a aumentar", disse o responsável.

Após anos de endividamento, a dívida do Japão é, actualmente, o dobro do Produto Interno Bruto e está a aproximar-se dos 200 por cento, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Na sua intervenção, Kan não revelou os detalhes da sua política orçamental, mas no passado chegou a defender o aumento dos impostos sobre as vendas.

"É inevitável lançar uma reforma total do sistema fiscal. Se mantivermos o atual nível de emissão de novas obrigações, a dívida pode superar os 200 por cento do PIB em poucos anos", alertou o chefe do Governo.

Naoto Kan foi escolhido há uma semana pelo parlamento como novo primeiro ministro do Japão, para um mandato possivelmente complicado pela proximidade de eleições importantes e pela desconfiança do povo com a classe governante.

Para meados de Julho estão previstas novas eleições para renovar a metade da câmara alta (242 cadeiras). Uma eventual derrota do Partido Democrático deixaria Kan numa situação muito complicada, dois meses antes da renovação da liderança do seu partido.

dn.
 
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