Os Limites da Sobrevivencia!

Os Mistérios do Universo!

Toda a matéria que nos cerca, constitui a parte material do Universo físico em que vivemos, designa-se de Macrocosmo. Para ser mais claro, a terra, os mares, o ar, a brisa, as florestas, o sol, as estrelas, as galáxias, tudo isto junto é o Macrocosmo. Através dos tempos, a curiosidade e a inteligência humana foram atraídas pelos mistérios que sempre envolveram o Macrocosmo. Mesmo a matéria de que é feita uma rocha ou um animal, aparentamente dura e compacta, ao ser examinada mais profundamente, através de microscópios poderosos, mostra-se como um conjunto organizado de átomos, separados por imensos espaços vazios. E as particulas de cada átomo também aparecem separadas por espaços ainda maiores.

Se o infinitamente pequeno, Microcosmo, é também um mundo misterioso e complexo, como entender o infinitamente grande, o Macrocosmo? Como estender a vida humana para além dos limites do nosso planeta?

A imensidão da terra deu sempre ao homem a ideia de que não existiam limites para a sua sobrevivência e expansão. Foram precisos muitos séculos para que ele percebesse que o seu planeta, que parecia inesgotável, se tinha tornado insuficientemente para responder às suas necessidades mais imediatas, como a de alimentação, por exemplo. No início da sua caminhada, na Pré-História, o homem vivia da caça, da pesca e da colecta de frutos silvestres. A sua vida era muito simples e o alimentos era farto e fácil. Mesmo assim, para se defender dos animais selvagens, ou para os caçar, desenvolveu e aperfeiçoou as armas e ferramentas. Era já o início da sua luta pela sobrevivência! Hoje, muitos milénios depois, a sua vida já não é tão simples e as suas necessidades são cada vez maiores. A população da Terra cresce e ela torna-se pequena para produzir alimento para tanta gente.

O homem, consciente do pouco que se pode esperar da velha Terra, tem que pensar em alternativas: pesquisar as profundezas dos oceanos e a imensidão do espaço!

Será possível virmos a ter algas como alimentação do futuro? Será possível virmos a viver noutros planetas, noutras galáxias?

A Vida por um Fio? A Esperança Desejada?

Quando chegar ao ano 2050, a humanidade terá que enfrentar uma ameaça à sua possiblidade de vida na terra: o superpovoamento! No ano 1000 da nossa era, existiam cerca de 300 milhões de habitantes no mundo. No século XIX, a população atingiu a marca de 1 bilião de habitantes. hoje, anda à volta de 6 biliões de pessoas no planeta. Em 2050, a Terra terá entre 12 e 20 biliões de habitantes, o que significa que será pequena para sustentar tanta gente. Talvez... a engenharia genética venha a resolver o problema no futuro longínquo! Mas o problema do crescimento da população não é o único que aflige o homem moderno. Durante séculos, ele agrediu a natureza das mais variadas formas: através de produtos químicos, da desflorestação descontrolada que levou à expansão dos desertos, da produção maciça de produtos não desagradáveis, etc.

A resposta a todos esses problemas pode estar na criação das cidades e das colónias do futuro neste ou noutro planeta.

Poderá o futuro da humanidade estar nos oceanos ou no espaço?

Alternativas: Uma Experiência em Mercúrio!

A hipótese de colonizar Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, para abrigar uma parte da população humana, esbarra com inúmeros obstáculos. A superfície de Mercúrio é muito seca e lá não existe água. Um dia corresponde a praticamente dois meses na Terra (59,5 dias), com temperaturas que variam entre 175ºC negativos e 400ºC positivos. Na Era Espacial, talvez seja importante o facto de em Mercúrio a gravidade ser muito inferior à da Terra, o que permite que a aterragem e a descolagem das aeronaves possam ser feitas com muito pouco combustível.

Uma Aventura em Plutão!

Outra hipótese seria a colonização de Plutão, o planeta mais distante do Sol,e que fica também muito longe da Terra - aproximadamente 5.700 milhões km. Por estar muito distante do Sol, um ano em Plutão equivale a 284 anos da Terra. Pela mesma razão, a sua temperatura é baixíssima, absolutamente insuportável para o ser humano. A ocupação de Plutão exigiria um esforço ainda maior do que a de Mercúrio, pois, além da temperatura inóspita e da falta absoluta de água, a sua superfície está repleta de lagos de metano liquefeito.

Uma Colónia na Lua!

A possibilidade de se criar uma colónia na Lua, o satélite natural da Terra, não é tão simples como pode parecer à primeira vista. Apesar de existir projectos para a colocação de uma base lunar e futuras colónias na sua superfície. Distante da Terra, 400.000 km, a Lua é o corpo celeste mais próximo do nosso planeta e foi o primeiro a receber as naves espaciais construídas pelo homem. Inicialmente, eram apenas projécteis, depois tornaram-se portadores de instrumentos e de animais e finalmente, em 1969, dos primeiros homens que conseguiram pisar a sua superfície. A Lua perdeu toda a atmosfera que provavelmente possa ter tido. Hoje, apresenta-se como um ambiente extremamente hostil. As pedras lunares, analisadas na Terra, não revelam qualquer traço de vida, o que parece indicar que tenha sido sempre estéril. A maior parte da sua superfície é extremamente acidentada, repleta de imensas crateras, que chega, a atingir 200 km de diâmetro. Talvez... criar colónias equipadas com depósitos de oxigénio para os seus futuros habitantes!

Marte: Planeta Vermelho - Parecido com a Terra!

Marte, também conhecido por "Planeta Vermelho", é o mais semelhante ao nosso planeta, que embora não possui oxigénio, ou quase inexistente, possui uma paisagem semelhante à Terra. Além de ter provavelmente, água, visto as sondas ter detectado vestígios em áreas que provam que em tempos remotos, existiram mares nesse planeta. Além disso, possui água em estado sólido ou seja, gelo nos pólos marcianos. A sua cor avermelhada deve-se à presença de dióxido de ferro na superfície e no ar e é isso que dá ao céu uma coloração levemente rosada. Aqui a atmosfera é fria: 22ºC durante o dia e até 143ºC negativos. A sua composição é de 95,3% de gás carbónico, 2,7% de nitrogénio, 1,6% de argónio e alguns traços de oxigénio, insuficientes para permitir a existência de vida, tal como a conhecemos aqui na Terra. Tal como na Lua, em Marte, o homem teria que criar as mesmas condições, usando depósitos de oxigénio para os futuros habitantes marcianos.

A Vida Noutras Galáxias!

Os cientistas acreditam que existem a possibilidade de vida extraterrestre no universo. Mas também acreditam na possibilidade, embora remota, de existir planetas semelhantes à Terra, os chamados Planetas Telúricos e a esperança de vir um dia a viver nesses tipos de planetas. Mas, se ainda é muito difícil a colonização de planetas do sistema solar ou de outros sistemas da Via-Láctea, a conquista de outras galáxias, a conquista de outros mundos, situa-se num futuro ainda mais longínquo. Por enquanto, a humanidade deve lutar pela sua sobrevivência e pela sobrevivência do seu planeta, sabendo que provavelmente não está sozinha no universo.

Possibilidade Remota...!!!!

Possibilidade remota também deve-se à posição dos planetas em relação à sua estrela. Se o planeta tiver muito perto do sol, significa que a sua temperatura é elevadísisma, tornando impossível vida inteligente com algum grau técnico, tal como a conhecemos. Mas se o planeta estiver muito longe da sua estrela, as temperaturas serão baixíssimas, o que torna a vida inteligente uma possibilidade nula ou inexistente. Portanto, temperaturas extremas, excessivamente quente ou frio, tornam impossível vida inteligente com capacidade tecnológica. Agora, planetas que estejam na posição certa em relação à sua estrela, tendo temperaturas moderadas que permitem condições favoráveis à vida inteligente, tal como a Terra, é uma possibilidade remota. Até agora, a maioria dos planetas descobertos fora do sistema solar, não apresenta as condições tal como a existe no nosso mundo.

A Conquista do Espaço!

Durante muito tempo, a conquista do espaço era apenas um sonho. Um sonho em que o homem se perdia quando olhava para o céu e tentava descobrir o que se escondia por trás daquela misteriosa imensidão de estrelas. Um sonho que, mais tarde ou mais cedo, acabaria por se concretizar. Mas primeiro que um aparelho mais pesado que o ar conseguisse levantar voo, muitos anos se passaram. Quando finalmente, isso aconteceu, estava dado o primeiro passo para a grande aventura. Começava a conquista do espaço.

Depois deste voo, as conquistas aceleraram-se e, no dia 4 de Outubro de 1957, o mundo inteiro lia assombrado nos jornais que o primeiro satélite artificial do mundo - o Sputinick I - havia sido enviado para o espaço e já estava em órbita da Terra. O sonho tornava-se realidade e o lançamento do SPUTINICK I marcava o início da Era Espacial. E.U.A. e U.R.S.S. disputariam a chamada "corrida espacial". Para a humanidade foi sem dúvida, um grande passo para o Cosmos! Após a alunagem lunar pelos astronautas e de envio de sondas não tripuladas a Mercúrio, Vénus, Marte, Júpíter, Saturno, Urano e Neptuno e satélites naturais desses planetas, o homem preparou-se para enviar sondas para fora do sistema solar. Com o projecto Voyager, o homem entra definitivamente na era das missões interplanetárias. O seu objectivo é percorrer o sistema solar, projectar-se no espaço, rumo a outros mundos.

Talvez... um dia, alguém nos ouça. Alguém perceba da nossa linguagem? Quem sabe... um encontro do 3º grau?

A esperança reside no Programa Espacial e no SETI!