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Vila Real: Homem que matou marido da rival política confessa crime

Rotertinho

GF Ouro
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Vila Real: Homem que matou marido da rival política confessa crime
“Ele viu-me à porta, eu disparei e fugi”

Vestida de negro e amparada pelos filhos, Glória Nunes entrou ontem no Tribunal de Vila Real, onde António Cunha, opositor do PS, começou a ser julgado pela morte do seu marido, Maximino Clemente, em Outubro do ano passado, na mesa de voto de Ermelo, Mondim de Basto.

Diante do colectivo de juízes, o homicida confessou que matou a tiro o marido da candidata à presidência da junta. "Dei o tiro fora da escola, a cinco metros de distância. Ele viu--me à porta e baixou-se, eu tive medo e disparei. Só queria acertar-lhe nas pernas", diz o arguido.

António Cunha recusa a tese do Ministério Público, que o acusa de premeditar a morte de Maximino. O arguido adiantou que o clima de conflito entre ele e a vítima durava há mais de 30 anos e que se terá agravado durante a disputa das duas famílias pela autarquia. "Uma hora antes do crime, o Maximino parou em frente a mim num cruzamento e deu um tiro no vidro do meu carro. Pouco tempo depois, passei na escola para avisar o vogal da minha lista que ia fugir com a minha mulher. Não ia para matar o homem, nem sabia que ele já lá estava", garante o homicida.

O arguido garantiu ainda que não se apercebeu de que tinha morto Maximino. "Saí dali a correr, estava descontrolado e não me apercebi se ele estava bem ou não. Não conseguia pensar em nada e nunca tive a intenção fugir. Durante três dias, tentei pôr a cabeça em ordem e depois entreguei-me à polícia", disse António Cunha.

Ontem foi ouvida a mulher da vítima, Glória, que desatou num choro convulsivo ao entrar na sala de audiências. "Este tipo de cenas não influencia a decisão do tribunal, não é com choros que vamos descobrir a verdade. A senhora vem para aqui com um discurso estudado", disse o juiz-presidente. O tribunal ouviu ainda Armindo Marques, que assistiu ao crime. "O Cunha chegou com a arma encostada à perna, entrou e disparou em direcção à cabeça do Maximino."

PORMENORES

VIÚVA CONFIA NA JUSTIÇA

"Ele merecia prisão perpétua, nada paga a morte do meu marido, mas acredito na Justiça", disse a viúva da vítima mortal.

PRÓXIMA SESSÃO

Ontem, os filhos de Maximino Clemente foram ouvidos. O julgamento continua dia 30.


Correio da Manha
 
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