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Quirguistão enfrenta catástrofe humanitária iminente

Rotertinho

GF Ouro
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Quirguistão enfrenta catástrofe humanitária iminente


O Quirguistão encontra-se perante uma "enorme catástrofe humanitária", com graves consequências para o país, para a Ásia Central e para a Rússia.

Arkadi Dubnov, especialista em assuntos da Ásia Central, considera que existe uma grande falta de controlo na distribuição da ajuda humanitária que está a chegar de diferentes países e organizações humanitárias, sublinhando que ela não está a chegar aos refugiados uzbeques.

"A maioria dos refugiados e deslocados são uzbeques e a ajuda humanitária é distribuída, principalmente, através de organizações estatais quirguizes, que, voluntária ou involuntariamente, dão prioridade aos quirguizes", explicou.

Segundo as organizações humanitárias internacionais, o número de refugiados e deslocados no Uzbequistão é superior a cem mil.

Quanto a uma possível intervenção militar da Rússia ou de organizações internacionais no Quirguistão, o analista russo defendeu o envio nos primeiros dias dos confrontos no sul do país, mas sublinha que "ela agora não está na ordem do dia".

"Duvido que a Rússia tenha capacetes azuis preparados para atuar na Ásia Central. Além disso, o Uzbequistão, país vizinho do Quirguistão, olha com desconfiança para a presença de tropas russas perto das suas fronteiras", explica.

"Os Estados Unidos poderiam não estar contra a presença de tropas russas na região, mas Moscovo sofre do 'síndroma georgiano', ou seja, receia ser acusado de ambições imperialistas pela comunidade internacional", acrescenta.

Acerca da realização do referendo sobre a Constituição, marcado para o dia 27 de Junho, Dubnov diz ter conversado com Rosa Otunbaeva, primeira-ministra interina do governo quirguize, que lhe garantiu estarem a fazer "todos os esforços" para que não seja adiado.

"Mas eu não acredito que ele se realize nessa data. Ela própria reconheceu que ainda não foi tomada uma decisão definitiva. Nessa altura, as famílias das centenas de mortos estarão de luto e não vejo como vai ser logisticamente possível realizar o escrutínio entre os refugiados e deslocados. Como se trata de um ato de legitimidade das novas autoridades, o referendo deverá ser adiado", frisou o analista russo.

Arkadi Dubnov espera que as autoridades quirguizes façam regressar a ordem e a calma ao sul do país, mas concluiu: "este conflito abriu feridas profundas, que deverão muito tempo a sarar. As suas consequências são difíceis de prever".


J.Noticias
 
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