Rotertinho
GF Ouro
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Primeiro-ministro insatisfeito com actual Constituição italiana
Berlusconi deseja voltar aos negócios ou reformar-se
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, confessou esta quarta-feira ter vontade de regressar ao mundo dos negócios ou de se reformar por considerar que a actual Constituição do país limita os poderes do chefe de Governo.
"Às vezes penso: Quem me obriga a fazer isto? O melhor seria voltar ao que fazia antes ou reformar-me", afirmou Berlusconi, citado pela agência Lusa, numa intervenção durante a assembleia da Confederação Geral do Comércio Italiana (Confcommercio).
Segundo o primeiro-ministro, o chefe de Governo italiano não tem o mesmo poder que os seus homólogos europeus e a culpa é da "arquitectura institucional" do país.
Durante a intervenção, Berlusconi voltou a insistir na necessidade "de alterar a Constituição" para ficar mais adequada às exigências de um Estado moderno. Na actual versão da Constituição, datada de 1948, "temia-se o regresso a uma ditadura e por isso o poder foi repartido por vários órgãos: parlamento, chefe de Estado, Tribunal Constitucional e tiraram todo o poder ao Conselho de Ministros e ao chefe de Governo", frisou.
O primeiro-ministro italiano reiterou a vontade de rever o artigo 41.º da Constituição, que determina que a actividade económica privada é livre, mas que "não pode ser praticada em conflito com o interesse social e de modo que prejudique a segurança, a liberdade e a dignidade humana". Por outro lado, Berlusconi voltou a defender a polémica lei que limita a autorização das escutas nas investigações judiciais e pune com prisão e coimas todos aqueles que publiquem ou divulguem o respectivo conteúdo.
"Esta não é uma democracia verdadeira. Não existe a tutela da palavra", disse o governante, garantindo que cerca de 7,5 milhões italianos "já estiveram sob escuta".
Correio da Manha
Berlusconi deseja voltar aos negócios ou reformar-se
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, confessou esta quarta-feira ter vontade de regressar ao mundo dos negócios ou de se reformar por considerar que a actual Constituição do país limita os poderes do chefe de Governo.
"Às vezes penso: Quem me obriga a fazer isto? O melhor seria voltar ao que fazia antes ou reformar-me", afirmou Berlusconi, citado pela agência Lusa, numa intervenção durante a assembleia da Confederação Geral do Comércio Italiana (Confcommercio).
Segundo o primeiro-ministro, o chefe de Governo italiano não tem o mesmo poder que os seus homólogos europeus e a culpa é da "arquitectura institucional" do país.
Durante a intervenção, Berlusconi voltou a insistir na necessidade "de alterar a Constituição" para ficar mais adequada às exigências de um Estado moderno. Na actual versão da Constituição, datada de 1948, "temia-se o regresso a uma ditadura e por isso o poder foi repartido por vários órgãos: parlamento, chefe de Estado, Tribunal Constitucional e tiraram todo o poder ao Conselho de Ministros e ao chefe de Governo", frisou.
O primeiro-ministro italiano reiterou a vontade de rever o artigo 41.º da Constituição, que determina que a actividade económica privada é livre, mas que "não pode ser praticada em conflito com o interesse social e de modo que prejudique a segurança, a liberdade e a dignidade humana". Por outro lado, Berlusconi voltou a defender a polémica lei que limita a autorização das escutas nas investigações judiciais e pune com prisão e coimas todos aqueles que publiquem ou divulguem o respectivo conteúdo.
"Esta não é uma democracia verdadeira. Não existe a tutela da palavra", disse o governante, garantindo que cerca de 7,5 milhões italianos "já estiveram sob escuta".
Correio da Manha