Rotertinho
GF Ouro
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Porto: Feirante baleado na nádega já saiu do hospital de S. João
“Fechei os olhos e esperei o tiro”
Rui Fernando Ferreira não ganhou para o susto quando, anteontem à tarde, foi baleado de raspão na cabeça, após ter tentado socorrer uma família de feirantes que estava a ser assaltada na Praça Velásquez, no Porto, durante uma feira de antiguidades e velharias.
O arrumador de carros, de 33 anos, foi encaminhado para o hospital de S. João, no Porto, onde levou 15 pontos e saiu pouco depois. Por volta das 00h10, também o comerciante André Mendes, que foi atingido numa nádega e sujeito a uma cirurgia, teve alta hospitalar.
A PJ do Porto continua a investigar o paradeiro dos três assaltantes que fugiram num Volvo preto com algumas peças de ouro.
"Quando ouvi os gritos corri sem parar até ao Volvo. Tentei tirar a arma a um dos encapuzados de máscara branca e segurei uma porta do carro para que não se fossem embora com o ouro. Depois empurraram-me e, no momento em que estava a cair, apontaram-me a pistola. Fechei os olhos, esperei pelo tiro e pensei que ia morrer ali, pois senti que me tinham acertado", recordou ao CM o arrumador, ainda visivelmente abalado. E acrescentou: "Foi um risco que corri. Foram segundos de muito terror."
Rui Ferreira, que voltou ao trabalho ontem à tarde, relembrou também que, quando viu o carro usado no assalto a aproximar-se do local, ainda lhe fez sinais para que fosse estacionar na sua zona. "Gesticulei, mas o condutor não ligou e eu continuei o meu serviço para as viaturas que passavam. Nunca pensei que isto me pudesse acontecer. Deus estava comigo, porque apesar de todo o azar, ainda tive muita sorte", explicou o homem, que já trabalha naquela movimentada praça há cerca de quatro anos. Apesar do medo que sentiu, a vítima diz não ter feito mais que a sua obrigação. "Gosto muito de ajudar e nem pensei duas vezes. Vou lembrar-me disto para o resto da minha vida", rematou.
"ASSALTO FOI TODO PLANEADO"
"O assalto só pode ter sido planeado por alguém que rondou a feira durante a manhã, pois a dupla foi directa àquela banca. Tinham de saber o que lá se vendia." A certeza é de Luís Miguel, feirante da banca contígua à que foi assaltada e que testemunhou a violência usada pelos ladrões, tendo sido ameaçado de morte por um dos encapuzados que lhe apontou a arma.
Os ladrões irromperam na movimentada Praça de Velásquez cerca das 16h30 de anteontem, onde estava a decorrer uma feira mensal de venda de velharias e antiguidades, à qual a família Mendes é assídua. "É a primeira vez que tal coisa nos acontece. É uma desgraça", disse ao CM Andreia Mendes, irmã do feirante de 31 anos, atingido na nádega quando tentava recuperar as caixas contendo relógios antigos e peças de ouro. "Depois do assalto, fugiram num Volvo preto, sem matrícula, de mala aberta e com o vidro de trás estilhaçado", contou Hélder Ramos, uma das testemunhas.
Correio da Manha
“Fechei os olhos e esperei o tiro”
Rui Fernando Ferreira não ganhou para o susto quando, anteontem à tarde, foi baleado de raspão na cabeça, após ter tentado socorrer uma família de feirantes que estava a ser assaltada na Praça Velásquez, no Porto, durante uma feira de antiguidades e velharias.
O arrumador de carros, de 33 anos, foi encaminhado para o hospital de S. João, no Porto, onde levou 15 pontos e saiu pouco depois. Por volta das 00h10, também o comerciante André Mendes, que foi atingido numa nádega e sujeito a uma cirurgia, teve alta hospitalar.
A PJ do Porto continua a investigar o paradeiro dos três assaltantes que fugiram num Volvo preto com algumas peças de ouro.
"Quando ouvi os gritos corri sem parar até ao Volvo. Tentei tirar a arma a um dos encapuzados de máscara branca e segurei uma porta do carro para que não se fossem embora com o ouro. Depois empurraram-me e, no momento em que estava a cair, apontaram-me a pistola. Fechei os olhos, esperei pelo tiro e pensei que ia morrer ali, pois senti que me tinham acertado", recordou ao CM o arrumador, ainda visivelmente abalado. E acrescentou: "Foi um risco que corri. Foram segundos de muito terror."
Rui Ferreira, que voltou ao trabalho ontem à tarde, relembrou também que, quando viu o carro usado no assalto a aproximar-se do local, ainda lhe fez sinais para que fosse estacionar na sua zona. "Gesticulei, mas o condutor não ligou e eu continuei o meu serviço para as viaturas que passavam. Nunca pensei que isto me pudesse acontecer. Deus estava comigo, porque apesar de todo o azar, ainda tive muita sorte", explicou o homem, que já trabalha naquela movimentada praça há cerca de quatro anos. Apesar do medo que sentiu, a vítima diz não ter feito mais que a sua obrigação. "Gosto muito de ajudar e nem pensei duas vezes. Vou lembrar-me disto para o resto da minha vida", rematou.
"ASSALTO FOI TODO PLANEADO"
"O assalto só pode ter sido planeado por alguém que rondou a feira durante a manhã, pois a dupla foi directa àquela banca. Tinham de saber o que lá se vendia." A certeza é de Luís Miguel, feirante da banca contígua à que foi assaltada e que testemunhou a violência usada pelos ladrões, tendo sido ameaçado de morte por um dos encapuzados que lhe apontou a arma.
Os ladrões irromperam na movimentada Praça de Velásquez cerca das 16h30 de anteontem, onde estava a decorrer uma feira mensal de venda de velharias e antiguidades, à qual a família Mendes é assídua. "É a primeira vez que tal coisa nos acontece. É uma desgraça", disse ao CM Andreia Mendes, irmã do feirante de 31 anos, atingido na nádega quando tentava recuperar as caixas contendo relógios antigos e peças de ouro. "Depois do assalto, fugiram num Volvo preto, sem matrícula, de mala aberta e com o vidro de trás estilhaçado", contou Hélder Ramos, uma das testemunhas.
Correio da Manha