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S. João para todas as bolsas

Rotertinho

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S. João para todas as bolsas


Se por um lado há quem opte por procurar no mercado do Bolhão (Porto) a sardinha "mais em conta" para festejar a rigor a noite de S. João, por outro há quem prefira o sossego de uma noite bem passada num hotel requintado, longe da azáfama das ruas, com produtos de qualidade certa e garantia de diversão.

Apesar do cheiro dos manjericos que paira no ar e das cores dos enfeites que denunciam a chegada de uma das noites mais características do Porto, a afluência de pessoas ao Bolhão é "fraquinha", comentam alguns comerciantes.

"Olha a sardinha tão boa, não quer comprar filhinha?", diz, alto e bom som, Albina Ferreira, conhecida como a "Bininha do Bolhão". "Na semana passada a sardinha estava a cinco euros o quilo, agora está a 10. Na véspera da festa, o preço costuma subir para o dobro", alerta a peixeira, de 59 anos, que trabalha no mercado há quase meio século.

"Tenho alguns fregueses certos que me reservam a sardinha para a véspera, e outros clientes compram mais cedo e congelam para fugir à subida de preço. Mas isto está cada vez pior, a venda este ano está muito má", refere. "Por esta altura vêm alguns estrangeiros ao mercado que ouvem falar da nossa sardinha e é isso que nos vai safando", comenta.

"Olhe aquela tão gorda, meta-me aquela se faz favor", pede Olinda Oliveira, que todas as semanas compra sardinhas na banca de Albina. "Eu adoro sardinhas, e então no S. João parece que têm um gosto especial. Não costumo comprar com antecedência, porque sabe bem é fresquinha no dia", refere a cliente.

"Quero um quarteirão de sardinhas fresquinhas", pedia Odete Moreira, que passou também pela banca de Albina e não resistiu a comprar. "Não costumo comprar sardinhas para a noite de S. João porque nessa noite prefiro comer fora, sabe sempre melhor e não dá trabalho", afirma, entre risos.

Nesta altura, as fêveras, as azeitonas, os pimentos, as batatas e o caldo verde têm também uma maior procura no Bolhão. Mas os preços mantêm-se. "Nestes dias vende-se um pouco melhor, mas costumo manter os preços", garante Maria Ribeiro, enquanto tenta vender pimentos "verdinhos" a uma cliente. "Dois euros o quilo, é baratinho", negociava. O caldo verde custa 2,5 euros/quilo.

Mas desengane-se quem pensar que a tradicional noite de S. João faz-se apenas com aqueles que passeiam noite dentro da Ribeira até à Foz, após um jantar em casa por um preço mais acessível.

Há hotéis que já têm "casa cheia". O Sheraton, unidade de cinco estrelas na Boavista, prepara a noite a rigor, oferecendo um jantar-buffet com as iguarias tradicionais: sardinhas, saladas variadas, batatas, pimentos assados e caldo verde. Para quem preferir optar por um menu diferente, há também frango do campo assado e acompanhado com batatinhas, bacon e cogumelos, ou então cabrito assado no forno a lenha com esparregado. O espaço será animado com música tradicional ao vivo e a diversão custará 35 euros por pessoa.

Já o hotel Mércure, na Praça da Batalha, celebra também a data de uma maneira mais "selecta": o menu tradicional de sardinhas ou fêveras, acompanhadas por saladas e caldo verde fazem serventia da casa, regadas por uma selecção de vinhos e sangrias. À meia noite, os clientes podem assistir ao fogo-de-artificio com uma vista privilegiada sobre o rio. No final, é-lhes oferecido um martelo e um manjerico. Tudo por 30 euros por pessoa. Quem preferir passar a noite no hotel, poderá fazê-lo por 87 euros.



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