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Brisa, Sonae e Portucel são as preferidas do UBS em Portugal

Matapitosboss

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Set 24, 2006
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O UBS visitou esta semana várias empresas portuguesas, tendo constatado que as perspectivas macro-económicas “não são fáceis”, mas que as cotadas nacionais apresentam um balanço “decente”. Brisa, Sonae e Portucel são as acções preferidas da casa de investimento, que destaca também o BES no sector financeiro.

Num “research” hoje divulgado, o UBS refere que visitou esta semana várias empresas portuguesas - BCP, BPI, Brisa, Jerónimo Martins, Mota-Engil, Portucel, Sonae, Sonaecom e Zon.

“O cenário macro-económico não é fácil. O acesso ao crédito é escasso, as empresas estão a ser penalizadas com taxas de juro mais elevadas, cortes orçamentais e impostos mais elevados”, conclui a casa de investimento, destacando contudo que “os portugueses estão habituados a um baixo crescimento económico” e “as empresas apresentam balanços decentes”.

O UBS revela que todas as empresas consultadas concordam que “a liquidez é escassa e cara, uma vez que os bancos estão a cortar nos empréstimos concedidos devido ao díficil acesso ao crédito”.

A mesma fonte considera “provável” a necessidade de a banca proceder a uma “recapitalização” ou a uma “reestruturação do sistema financeiro”, mas "encontramos um conjunto de fortes” empresas que estão a “trabalhar bem”, como a Jerónimo Martins, Sonae, Brisa, Portucel e a Zon. “Vemos valor nalgumas destas empresas”, destacou.

O UBS admite que esta talvez seja uma “boa altura para investir nas acções ibéricas”, mas antes disso é necessário ocorrer uma reestruturação da banca e uma implementação “credível” dos cortes orçamentais anunciados pelo Governo.

As favoritas

Ainda assim, o UBS reforça que valor em algumas das empresas analisadas, que são geradoras de “cash” e “bem geridas”. A Brisa, Portucel e a Zon são atractivas por apresentarem uma rentabilidade estimada do “free cach flow” de cerca de 10% e a Sonae SGPS está “muito atractiva” por apresentar um desconto de 30% face ao valor líquido dos activos.

O UBS elege assim três “top-picks” para o mercado português: Brisa, Sonae e Portucel, destacando também que o BES é a única instituição financeira da Península Ibérica que recomenda “comprar”.

Para a Brisa atribui um preço-alvo de 7,80 euros, com uma recomendação de “comprar”. A empresa tem um modelo de negócio “muito simples”, geração de “cash flows” fortes e uma avaliação “muito atractiva na nossa perspectiva”.

A casa de investimento acredita que os investidores estão a subestimar as perspectivas para o tráfego da concessionária, que podem ficar positivas assim que o Governo iniciar a cobrança de portagens nas SCUT.

Acerca da Sonae SGPS (recomendação de comprar e preço-alvo de 1 euro), o UBS elogia o forte historial da gestão da empresa, os fundamentais operacionais fortes e o desconto da avaliação da empresa face ao valor líquido dos activos.

O UBS identifica vários catalizadores de curto prazo para as acções da Sonae SGPS, como o potencial de consolidação na unidade de telecomunicações e a expansão da empresa com um baixo investimento, o que pode baixar o perfil de risco da empresa.

Na Portucel (recomendação de comprar e preço-alvo de 2,50 euros) o UBS destaca que a empresa “pode beneficiar com a melhoria dos fundamentais do sector europeu da pasta e papel”. Salienta também que, excluindo os negócios de energias renováveis, a Portucel transacciona a desconto face às suas pares.

Quanto ao BES (recomendação de comprar e preço-alvo de 5,30 euros), o UBS estaca que o banco líder em Portugal no financiamento às empresas “transacciona com um elevado desconto face às pares locais e da União Europeia”.

Fusões de regresso

No “research” hoje publicado o UBS diz-se “impressionado favoravelmente” com a gestão da Sonae SGPS e Jerónimo Martins.

Espera o “regresso das fusões e aquisições”, assinalando que os negócios envolvendo a Portugal Telecom (oferta pela Vivo) e a Brisa (venda da CCR), podem “ser um precedente.

Ao nível das fusões e aquisições, o UBS diz que “gosta da Sonaecom e da Zon como actores num processo de consolidação”.


Fonte: Jornal de Negócios
 
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