França – «Senti-me rejeitado» - Henry

Começam as revelações sobre a desoladora passagem da França pelo Campeonato do Mundo. O avançado Thierry Henry, na sua primeira entrevista desde a eliminação na África do Sul, assume que se sentiu à parte do grupo.

«Senti-me rejeitado, ninguém me falava como antigamente. Antes todos falavam muito, mas quando se perde toda a credibilidade dentro do grupo, torna-se difícil», afirmou Henry, em entrevista ao Canal Plus.

O avançado foi sempre suplente nos três jogos realizados pelos bleus no Mundial, tendo sido utilizado diante do Uruguai (20 minutos) e África do Sul (35).
"bola"

O avançado e ex-capitão da seleção francesa, Thierry Henry, disse ter-se sentido "excluído do grupo" de jogadores durante o Mundial, na sua primeira entrevista depois da eliminação dos bleus.

Em entrevista ao "Canal+", Henry justificou o facto de não ter assumido um papel de liderança, em função do seu estatuto, por se sentir descartado e pelo facto dos outros jogadores lhe terem "deixado de falar como faziam antes".

"Antes falavam mais comigo e eu assumia um papel de vanguarda, mas no momento em que tu perdes a credibilidade dentro de um grupo, tudo se torna muito difícil", referiu Henry, o qual, para além de "rejeitado", se sentiu "ferido no orgulho".

Sobre as razões do fracasso desportivo no Mundial, o antigo capitão dos bleus considerou que a primeira foi o facto da França "não jogar bem" e a segunda "não ter estado à altura das circunstâncias".

O jogador mais internacional pela França (123 jogos) e maior goleador (51 golos) de sempre, recebido sexta-feira pelo presidente da República Francesa, Nicolas Sarkozy para debaterem o escândalo que abalou a seleção gaulesa na África do Sul, foi suplente utilizado em dois jogos do grupo A do Mundial, tendo jogado 20 minutos frente ao Uruguai e 35 minutos no derradeiro jogo frente à seleção anfitriã.

A França teve uma participação dececionante, quer do ponto de vista desportivo, eliminada na primeira fase na sequência de duas derrotas e um empate, tendo marcado um único golo, quer social, com insultos ao selecionador, greves aos treinos e um ambiente de "cortar à faca".
"RC"