Rotertinho
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Loures: Mário Machado diz ter provas de fluxos financeiros para offshores
Líder skin envolve Sócrates
O líder de extrema-direita Mário Machado voltou ontem a envolver o nome da mãe, primo e tio do primeiro-ministro José Sócrates em operações financeiras envolvendo capitais transferidos para paraísos fiscais fora de Portugal. Para provar estas afirmações, o arguido assegura que vai juntar ao processo documentos bancários que levaram o juiz do Tribunal de Loures que o está a julgar a extrair uma certidão para a Procuradoria-Geral da República.
Rui Dias – um dos oito arguidos do processo que senta Mário Machado no banco dos réus – mostrou em tribunal ter também conhecimento dos documentos. "São provas bancárias que referem o desvio de 383 milhões de euros para offshores fora de Portugal, por parte do tio, primo e mãe de José Sócrates", sustentou Rui Dias, professor universitário na área de Economia e Gestão.
Estes documentos, ao que o CM apurou, são diferentes de outros que Mário Machado já tinha tornado públicos, em Março de 2009, no já extinto site de internet Fórum Nacional. Assegurando que estas provas lhe foram, à época, "deixadas à porta de casa", o líder skin sustentou que Celestino e Júlio Monteiro (tios do primeiro-ministro) constituíram juntos uma empresa offshore e várias subsidiárias espalhadas pelo Mundo, que transaccionaram cerca de 100 milhões de euros.
Os documentos referidos ontem em tribunal são, segundo adiantou ao CM José Castro, advogado de Mário Machado, "comprovativos de depósitos, de transacções bancárias. Vou juntá-los aos autos", explicou.
O colectivo de juízes do Tribunal de Loures que julga Mário Machado e outros sete arguidos ordenou a extracção de uma certidão relativa às declarações de Rui Dias e Mário Machado em tribunal, procurando averiguar a veracidade das mesmas junto da Procuradoria-Geral da República.
Contactada pelo CM, fonte do gabinete do primeiro-ministro disse que "esta é uma história antiga sem qualquer credibilidade".
PORMENORES
TESTEMUNHAS DE DEFESA
Foram ontem ouvidas testemunhas apresentadas pelo Ministério Público e as testemunhas abonatórias apresentadas pela Defesa dos arguidos, que atestaram o bom carácter e a amizade que as liga aos arguidos.
25 MARÇO DE 2010
Mário Machado e mais sete arguidos começaram a ser julgados no dia 25 de Março deste ano, na 1.ª Vara Mista do Tribunal de Loures, acusados de associação criminosa, sequestro, roubo e outros crimes.
ALEGAÇÕES ADIADAS
As alegações finais, respeitantes a este processo, estavam programadas para ontem, mas a audição das testemunhas abonatórias e os depoimentos de alguns dos arguidos atrasaram os trabalhos. As alegações finais serão a 9 de Julho.
PRISÃO PREVENTIVA
Cinco dos oito arguidos estão em prisão preventiva. Entre eles está Mário Machado, líder dos Hammerskins Portugal.
Correio Manha
Líder skin envolve Sócrates
O líder de extrema-direita Mário Machado voltou ontem a envolver o nome da mãe, primo e tio do primeiro-ministro José Sócrates em operações financeiras envolvendo capitais transferidos para paraísos fiscais fora de Portugal. Para provar estas afirmações, o arguido assegura que vai juntar ao processo documentos bancários que levaram o juiz do Tribunal de Loures que o está a julgar a extrair uma certidão para a Procuradoria-Geral da República.
Rui Dias – um dos oito arguidos do processo que senta Mário Machado no banco dos réus – mostrou em tribunal ter também conhecimento dos documentos. "São provas bancárias que referem o desvio de 383 milhões de euros para offshores fora de Portugal, por parte do tio, primo e mãe de José Sócrates", sustentou Rui Dias, professor universitário na área de Economia e Gestão.
Estes documentos, ao que o CM apurou, são diferentes de outros que Mário Machado já tinha tornado públicos, em Março de 2009, no já extinto site de internet Fórum Nacional. Assegurando que estas provas lhe foram, à época, "deixadas à porta de casa", o líder skin sustentou que Celestino e Júlio Monteiro (tios do primeiro-ministro) constituíram juntos uma empresa offshore e várias subsidiárias espalhadas pelo Mundo, que transaccionaram cerca de 100 milhões de euros.
Os documentos referidos ontem em tribunal são, segundo adiantou ao CM José Castro, advogado de Mário Machado, "comprovativos de depósitos, de transacções bancárias. Vou juntá-los aos autos", explicou.
O colectivo de juízes do Tribunal de Loures que julga Mário Machado e outros sete arguidos ordenou a extracção de uma certidão relativa às declarações de Rui Dias e Mário Machado em tribunal, procurando averiguar a veracidade das mesmas junto da Procuradoria-Geral da República.
Contactada pelo CM, fonte do gabinete do primeiro-ministro disse que "esta é uma história antiga sem qualquer credibilidade".
PORMENORES
TESTEMUNHAS DE DEFESA
Foram ontem ouvidas testemunhas apresentadas pelo Ministério Público e as testemunhas abonatórias apresentadas pela Defesa dos arguidos, que atestaram o bom carácter e a amizade que as liga aos arguidos.
25 MARÇO DE 2010
Mário Machado e mais sete arguidos começaram a ser julgados no dia 25 de Março deste ano, na 1.ª Vara Mista do Tribunal de Loures, acusados de associação criminosa, sequestro, roubo e outros crimes.
ALEGAÇÕES ADIADAS
As alegações finais, respeitantes a este processo, estavam programadas para ontem, mas a audição das testemunhas abonatórias e os depoimentos de alguns dos arguidos atrasaram os trabalhos. As alegações finais serão a 9 de Julho.
PRISÃO PREVENTIVA
Cinco dos oito arguidos estão em prisão preventiva. Entre eles está Mário Machado, líder dos Hammerskins Portugal.
Correio Manha