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Decano dos acusados de genocídio no Ruanda condenado a 25 anos de prisão

delfimsilva

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Out 20, 2006
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O Tribunal Penal Internacional para o Ruanda condenou na quarta-feira o decano dos acusados de genocídio Yussuf Munyakazi, 75 anos, a 25 anos de prisão, segundo um comunicado do tribunal hoje, quinta-feira, divulgado.

Munyakazi declarou-se culpado dos crimes de genocídio e de extermínio, de acordo com a mesma nota informativa.

A juíza presidente, a camaronesa Florence Rita Arrey, deliberou que o antigo proprietário de terrenos foi responsável pela morte de cerca de cinco mil tutsi que estavam refugiados em igrejas católicas em Shangi e Mibilizi, na diocese de Cyangugu (sudeste do Ruanda) entre 29 e 30 de Abril de 1994, referiu o comunicado.

O tribunal considerou que Munyakazi esteve nas duas localidades e que foi acompanhado por dois veículos que transportavam elementos da milícia extremista hutu Interahamwe, liderando posteriormente os ataques contra os refugiados.

Munyakazi, muçulmano e pai de 13 filhos, acabou por não ser condenado pelo massacre cometido na igreja de Nyamasheke, também da diocese de Cyangugu, uma vez que a acusação não conseguiu provar o seu envolvimento.

De acordo com a agência noticiosa Hirondelle, especializada na cobertura informativa do TPIR, o advogado de defesa, Jwani Mwaikusa, já anunciou que vai recorrer da sentença.

"O velho", como referiram inúmeras testemunhas, foi detido em maio de 2004 na região este da República Democrática do Congo (RDCongo), onde se fez passar por um imã (religioso muçulmano) de nome Mzee Mandevu ("velho barbudo" em suaíli).

O TPIR é responsável pela investigação e pelo julgamento dos alegados responsáveis pelo genocídio de 1994 que fez, segundo as Nações Unidas, cerca de 800 mil mortos, principalmente da etnia tutsi




lusa
 
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