Rotertinho
GF Ouro
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Peniche: Missão do INEM restringe intervenção apenas à costa
Pescador morre sem ajuda médica no mar
A morte de um pescador desportivo, vítima de uma paragem cardiorrespiratória, quando se encontrava ontem num barco ao largo de Santa Cruz, Torres Vedras, voltou a levantar a questão da falta de equipas médicas para socorro em alto-mar. O homem esteve mais de uma hora sem qualquer ajuda médica, uma vez que o INEM só actua em terra.
Rui Nogueira, 45 anos, desmaiou e caiu desamparado num barco marítimo-turístico. O mestre da embarcação comunicou a emergência à Polícia Marítima e uma lancha salva-vidas do Instituto de Socorros a Náufragos foi buscar a vítima para a costa. "Ainda tinha pulsação", disse ao CM o mestre João Antunes.
O problema é que não foi prestado qualquer cuidado médico ao pescador até à chegada ao cais de Peniche, mais de uma hora após o pedido de socorro, pelas 10h40. Aqui, foi assistido por um médico e um enfermeiro do INEM, ao serviço da ambulância de Suporte Imediato de Vida, do Hospital de Peniche. Rui Nogueira ainda chegou à unidade de saúde "em manobras de reanimação", mas acabou por morrer.
Segundo uma fonte ligada às operações de socorro, no salva-vidas "deviam ir elementos do INEM, porque têm equipamentos mais avançados para suporte básico e avançado de vida, que podem fazer a diferença" nestes casos.
José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, considera que os conhecimentos de primeiros socorros dos elementos dos salva-vidas "não são suficientes para acudir a uma pessoa que, por exemplo, tenha um ataque cardíaco. Além disso, a emergência médica é da responsabilidade do INEM".
Um porta-voz do INEM diz que o instituto não presta socorro em alto-mar porque a sua missão, como está na Lei, apenas o obriga ao desempenho de funções em terra: "Está regulado que as equipas aguardam as vítimas na costa".
PORMENORES
PRIMEIRA VEZ
Rui Nogueira residia na Moita do Ribatejo. Ia pela primeira vez com um grupo de 12 pescadores que se reúnem todos os meses.
CUIDADOS
Há cinco anos passou-se um caso idêntico no mesmo barco. O pescador faleceu a bordo.
Correio Manha
Pescador morre sem ajuda médica no mar
A morte de um pescador desportivo, vítima de uma paragem cardiorrespiratória, quando se encontrava ontem num barco ao largo de Santa Cruz, Torres Vedras, voltou a levantar a questão da falta de equipas médicas para socorro em alto-mar. O homem esteve mais de uma hora sem qualquer ajuda médica, uma vez que o INEM só actua em terra.
Rui Nogueira, 45 anos, desmaiou e caiu desamparado num barco marítimo-turístico. O mestre da embarcação comunicou a emergência à Polícia Marítima e uma lancha salva-vidas do Instituto de Socorros a Náufragos foi buscar a vítima para a costa. "Ainda tinha pulsação", disse ao CM o mestre João Antunes.
O problema é que não foi prestado qualquer cuidado médico ao pescador até à chegada ao cais de Peniche, mais de uma hora após o pedido de socorro, pelas 10h40. Aqui, foi assistido por um médico e um enfermeiro do INEM, ao serviço da ambulância de Suporte Imediato de Vida, do Hospital de Peniche. Rui Nogueira ainda chegou à unidade de saúde "em manobras de reanimação", mas acabou por morrer.
Segundo uma fonte ligada às operações de socorro, no salva-vidas "deviam ir elementos do INEM, porque têm equipamentos mais avançados para suporte básico e avançado de vida, que podem fazer a diferença" nestes casos.
José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, considera que os conhecimentos de primeiros socorros dos elementos dos salva-vidas "não são suficientes para acudir a uma pessoa que, por exemplo, tenha um ataque cardíaco. Além disso, a emergência médica é da responsabilidade do INEM".
Um porta-voz do INEM diz que o instituto não presta socorro em alto-mar porque a sua missão, como está na Lei, apenas o obriga ao desempenho de funções em terra: "Está regulado que as equipas aguardam as vítimas na costa".
PORMENORES
PRIMEIRA VEZ
Rui Nogueira residia na Moita do Ribatejo. Ia pela primeira vez com um grupo de 12 pescadores que se reúnem todos os meses.
CUIDADOS
Há cinco anos passou-se um caso idêntico no mesmo barco. O pescador faleceu a bordo.
Correio Manha