Rotertinho
GF Ouro
- Entrou
- Abr 6, 2010
- Mensagens
- 7,884
- Gostos Recebidos
- 8
Leiria: Quando foi decretado o óbito o corpo tinha 41 graus de temperatura
“Ele não tinha qualquer doença”
A morte do jovem Frederico Raimundo, aos 24 anos, em Villar del Rey, Badajoz, em consequência da onda de calor que afectou Espanha, foi recebida com grande sofrimento e incredulidade pelos familiares, que ontem se uniram para participar no seu funeral, realizado ao final da tarde, em Bajouca, Leiria.
"Ele era uma pessoa saudável, não tinha qualquer doença, nem tomava medicamentos", disse Miguel Raimundo, irmão do jovem falecido, adiantando que há duas semanas Frederico fez exames médicos para a empresa em que trabalhava, que incluíram uma prova de esforço, e nada foi detectado, o que torna a sua morte "ainda mais difícil de aceitar".
O jovem português, que trabalhava como servente de pedreiro na construção da nova estação de esgotos, morreu com um edema pulmonar agudo, que teve como origem as altas temperaturas. Há duas semanas que os termómetros nem de noite desciam dos 40 graus, de tal forma que o corpo apresentava uma temperatura de 41 graus na hora do óbito.
Frederico Raimundo era o único filho solteiro de Natividade Raimundo, tinha mais quatro irmãos e veio a Portugal no fim-de-semana passado, tendo aproveitado para conviver com a família.
"Todos os meses vinha a casa e desta vez estivemos todos juntos, até aproveitámos para ir à festa da Bajouca e ele esteve sempre bem-disposto", revelou irmão.
O jovem apresentou-se ao trabalho na segunda-feira sem qualquer problema, e só começou a sentir-se mal na quarta-feira, tendo seguido para casa pouco depois do almoço, para descansar.
"Quando os colegas acabaram o trabalho e regressaram a casa, foram encontrá-lo já inconsciente e sem pulsação", contou Miguel Raimundo, adiantando que uma equipa médica tentou a sua reanimação, durante 45 minutos, sem sucesso. Faleceu em paragem cardiorrespiratória.
As autoridades espanholas emitiram uma nota de imprensa a informar do caso, referindo um "possível falecimento relacionado com a onda de calor".
PORMENORES
SEGUNDA MORTE
A onda de calor causou outra morte, em Sevilha, na quinta--feira. Trata-se de uma mulher 55 anos que estava internada desde terça-feira no hospital da cidade e foi vítima de uma falência multiorgânica.
JOGAR FUTEBOL
No comunicado à imprensa divulgado pelas autoridades de saúde espanholas era referido que Frederico Raimundo estava a jogar futebol quando se sentiu mal, informação que não se confirma.
QUASE MIL MORTES NO ANO PASSADO EM PORTUGAL
As pessoas idosas são as mais afectadas pelo calor, que no ano passado, entre Maio e Setembro, matou 966 pessoas em Portugal (só entre 10 e 23 de Agosto faleceram 451). Para prevenir danos causados pelos altas temperaturas, a Direcção-Geral da Saúde recomenda o aumento da ingestão de água e de sumos de fruta natural sem açúcar, evitar bebidas alcoólicas, procurar manter-se em ambientes frescos nos momentos de maior calor e utilizar roupa larga, chapéu e óculos com protecção contra as radiações UVA e UVB.
Correio Manha
“Ele não tinha qualquer doença”
A morte do jovem Frederico Raimundo, aos 24 anos, em Villar del Rey, Badajoz, em consequência da onda de calor que afectou Espanha, foi recebida com grande sofrimento e incredulidade pelos familiares, que ontem se uniram para participar no seu funeral, realizado ao final da tarde, em Bajouca, Leiria.
"Ele era uma pessoa saudável, não tinha qualquer doença, nem tomava medicamentos", disse Miguel Raimundo, irmão do jovem falecido, adiantando que há duas semanas Frederico fez exames médicos para a empresa em que trabalhava, que incluíram uma prova de esforço, e nada foi detectado, o que torna a sua morte "ainda mais difícil de aceitar".
O jovem português, que trabalhava como servente de pedreiro na construção da nova estação de esgotos, morreu com um edema pulmonar agudo, que teve como origem as altas temperaturas. Há duas semanas que os termómetros nem de noite desciam dos 40 graus, de tal forma que o corpo apresentava uma temperatura de 41 graus na hora do óbito.
Frederico Raimundo era o único filho solteiro de Natividade Raimundo, tinha mais quatro irmãos e veio a Portugal no fim-de-semana passado, tendo aproveitado para conviver com a família.
"Todos os meses vinha a casa e desta vez estivemos todos juntos, até aproveitámos para ir à festa da Bajouca e ele esteve sempre bem-disposto", revelou irmão.
O jovem apresentou-se ao trabalho na segunda-feira sem qualquer problema, e só começou a sentir-se mal na quarta-feira, tendo seguido para casa pouco depois do almoço, para descansar.
"Quando os colegas acabaram o trabalho e regressaram a casa, foram encontrá-lo já inconsciente e sem pulsação", contou Miguel Raimundo, adiantando que uma equipa médica tentou a sua reanimação, durante 45 minutos, sem sucesso. Faleceu em paragem cardiorrespiratória.
As autoridades espanholas emitiram uma nota de imprensa a informar do caso, referindo um "possível falecimento relacionado com a onda de calor".
PORMENORES
SEGUNDA MORTE
A onda de calor causou outra morte, em Sevilha, na quinta--feira. Trata-se de uma mulher 55 anos que estava internada desde terça-feira no hospital da cidade e foi vítima de uma falência multiorgânica.
JOGAR FUTEBOL
No comunicado à imprensa divulgado pelas autoridades de saúde espanholas era referido que Frederico Raimundo estava a jogar futebol quando se sentiu mal, informação que não se confirma.
QUASE MIL MORTES NO ANO PASSADO EM PORTUGAL
As pessoas idosas são as mais afectadas pelo calor, que no ano passado, entre Maio e Setembro, matou 966 pessoas em Portugal (só entre 10 e 23 de Agosto faleceram 451). Para prevenir danos causados pelos altas temperaturas, a Direcção-Geral da Saúde recomenda o aumento da ingestão de água e de sumos de fruta natural sem açúcar, evitar bebidas alcoólicas, procurar manter-se em ambientes frescos nos momentos de maior calor e utilizar roupa larga, chapéu e óculos com protecção contra as radiações UVA e UVB.
Correio Manha