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EUA e Rússia já trocaram espiões

Rotertinho

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Viena: Dez russos por quatro homens que trabalharam para o Ocidente
EUA e Rússia já trocaram espiões

A maior troca de espiões entre os EUA e a Rússia desde a Guerra Fria terminou ontem no aeroporto de Viena. Logo ao amanhecer, um Boeing 767-200 da Vision Airlines parou ao lado do Yakovlev Yak-42.

Durante cerca de hora e meia, vários veículos estiveram envolvidos num vaivém entre os dois aparelhos. Para o avião russo entraram os dez espiões russos detidos nos EUA a 28 de Junho e para o norte-americano quatro homens condenados por espiar para países ocidentais. Feita a troca, o Yakolev descolou, logo seguido do Boeing.

A captura dos dez agentes russos fez correr muita tinta nos quatro cantos do mundo, sobretudo porque entre eles estava Anna Chapman, uma atraente espiã ao estilo dos filmes de ‘James Bond’. Ao contrário do que acontecia noutros tempos, estes agentes não tiveram acesso a segredos nacionais e nem sequer foram acusados de espionagem, mas de conspiração para operar como agentes estrangeiros nos EUA sem informarem as autoridades e branqueamento de dinheiro. Ao abrigo de um acordo, todos se declararam culpados em tribunal e aceitaram ser deportados para a Rússia.

Inicialmente, falava-se numa troca mais equilibrada: dez por dez. Mas a administração Obama aceitou que a Rússia libertasse apenas quatro: Igor Sutyangin, Sergei Skripal, Alexander Zaparozhsky e Gennady Vasilenko.

A troca de espiões não é um episódio novo. A diferença desta feita foi o grau de cooperação entre os dois países.

PORMENORES

PAÍSES ADMITEM

O Ministério russo dos Negócios Estrangeiros admitiu a troca. Um alto-funcionário da administração americana frisou o bom funcionamento da contra-espionagem dos EUA.

RÚSSIA PAGA

Entre os deportados pelos EUA está Vicky Peláez, uma jornalista peruana sem ligações à Rússia, e o marido. Moscovo comprometeu-se a dar-lhe casa gratuita na Rússia, vistos para os filhos e uma pensão de dois mil dólares.

INDULTO DE MEDVEV

O presidente assinou à meia-noite de 5.ª feira um decreto a perdoar os quatro espiões que foram deportados para os EUA.

A TROCA DE 1985

O maior intercâmbio de espiões durante a Guerra Fria aconteceu em 1985: mais de vinte agentes trocados entre o Leste e o Ocidente na ponte Glienicke, na então dividida Berlim.

A CIDADE DOS SEGREDOS

A Áustria tem sido um centro da espionagem internacional desde o século XIX, quando pessoas de todas as partes do imenso império austro--húngaro se concentravam na cidade. A desintegração deste império e

a turbulência política na Europa Central após a I Guerra Mundial levaram a que cada vez mais Serviços Secretos se instalassem em Viena. Segundo Siegfried Beer ( historiador e responsável do Centro Austríaco para Estudos sobre Inteligência, Propaganda e Segurança), entre as duas grandes guerras Viena tornou--se definitivamente num centro europeu de espionagem. E mais de um século de história de espionagem torna esta cidade romântica um local onde, vinte anos após a Guerra Fria, agentes e informantes se sentem à vontade. Segundo Beer, trabalham hoje na cidade entre dois mil a três mil agentes e informantes.


Correio Manha
 
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