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“Falta de patrulhamento resulta em excessos”

Rotertinho

GF Ouro
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Sinistralidade: Fim-de-semana trágico gera onda de críticas à GNR
“Falta de patrulhamento resulta em excessos”

Falta de patrulhamento, desmotivação policial e falta de medidas estruturantes no combate à sinistralidade rodoviária". Estas são as razões apontadas ao CM, por responsáveis associativos, para justificar os excessos dos condutores, que transformaram o último fim-de-semana em mais uma página negra das estradas portuguesas. Ontem, morreu um dos feridos graves do acidente de domingo, na Figueira da Foz (ver caixa), elevando para nove o número de vítimas mortais em pouco mais de 24 horas.

"Dias como estes demonstram que não há uma política estruturada de fiscalização. Desde que se extinguiu a Brigada de Trânsito (BT) da GNR, cada comandante tem a sua forma de actuar. As patrulhas são desviadas para operações stop e, sem patrulhamento de visibilidade, os resultados são desastrosos", afirma Manuel João Ramos, da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACAM).

Quanto a José Moreira, cabo-chefe reformado e porta-voz do grupo que luta pela reactivação da BT, vai mais longe. "Isto é o que dá os condutores andarem centenas de quilómetros sem se cruzarem com uma única patrulha. Os comandos têm feito uma pressão enorme para que os militares apresentem resultados em termos de multas. Usa-se e abusa-se das contra-ordenações [através de radares] sem intercepção e os resultados estão à vista".

No ano passado, o ministro da Administração Interna (MAI), Rui Pereira, anunciou a redução do número de vítimas em acidentes rodoviários, atribuindo os resultados às medidas do Governo e a um maior civismo dos condutores. Mas José Alho, presidente da Associação Sócio--Profissional Independente da Guarda (ASPIG), duvida de uma efectiva alteração de hábitos dos condutores, sem uma fiscalização motivada e eficaz. "Num momento em que o Governo lança campanhas de prevenção rodoviária, protocolos de cooperação e acções de sensibilização, destinadas à prevenção da sinistralidade, aumenta, de forma assustadora, o número de vítimas mortais" nas estradas, refere ao CM aquele dirigente associativo.

Para José Alho, se o objectivo do MAI "é transformar as estradas em locais amigáveis, sem mortos e sem feridos, terá de reconhecer que a redução da sinistralidade só é possível com o recurso a uma força policial com o perfil da extinta BT".

Segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Julho foi o mês com mais mortos (79) na estrada, em 2009. Este ano, até ontem, já estavam contabilizadas 49 vítimas mortais. O Comando-Geral da GNR não se quis ontem pronunciar sobre o assunto.

FERIDO GRAVE MORREU NO HOSPITAL

Um dos feridos graves do violento acidente registado na madrugada de domingo, na Figueira da Foz, um homem de 31 anos, morreu ontem no Centro Hospitalar de Coimbra. A outra sinistrada em perigo de vida, uma mulher de 29 anos, encontrava-se internada no serviço de reanimação, "em estado muito grave e sob prognóstico reservado", segundo fonte hospitalar. Com mais esta morte, sobe para três o número de vítimas mortais da colisão frontal entre um ligeiro de passageiros e um ligeiro de mercadorias, ocorrido na madrugada de anteontem, na EN109. No acidente já tinham falecido Filipe Cruz, de 29 anos, e a namorada, Ana Rita Neves, de 32. Filipe Cruz tinha sofrido vários acidentes, um deles em que ficou em estado grave. "Conseguiu escapar desse, mas a vida dele parece que estava marcada", disse um amigo ao CM. Os restantes três feridos ficaram hospitalizados mas a evoluir favoravelmente.


Correio da Manhã
 
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