Rotertinho
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Vila Real: António Cunha assassinou marido da opositora no dia das eleições
Apanha 14 anos por matar rival
"Assassino, ele é um assassino!" O grito de revolta de uma das filhas de Maximino Clemente ouviu-se ontem no átrio do Tribunal de Vila Real minutos depois de António Cunha ser condenado a 14 anos e meio de prisão. Foi condenado pela morte do marido da opositora à junta de Ermelo, no dia das eleições autárquicas, a 11 de Outubro de 2009.
O Tribunal concluiu que o antigo candidato do PS sofre de stress pós-traumático e que a sua imputabilidade é diminuída e, ao contrário do que constava na acusação do Ministério Público, condenou António Cunha apenas por homicídio simples. "O arguido sofre de um défice cognitivo e a sua imputabilidade diminuída leva a que se altere a qualificação jurídica do crime", disse o juiz-presidente.
Na leitura do acórdão foi dada como provada a maioria dos factos que constavam na acusação. "O arguido entrou na sala onde estava a mesa de voto de Fervença e sem que a vítima se apercebesse da sua chegada matou-o com um tiro. Agiu de forma traiçoeira, sem dar hipótese a qualquer tentativa de defesa", diz o acórdão.
O Tribunal concluiu ainda que as desavenças entre Maximino e António Cunha eram muito antigas e que o homicida temia pela própria vida. "Ficou provado que o Maximino ameaçou o arguido algumas vezes e que tinha medo de ser morto", concluiu o juiz.
O colectivo considerou também que as declarações de António Cunha não têm qualquer credibilidade e que tinha clara intenção de matar. "O arguido não mereceu credibilidade quando disse que agiu em legítima defesa e que não tinha intenção de matar", lê-se no acórdão.
Os advogados de ambas as partes já admitiram recorrer.
FAMÍLIA RECEBE 157 MIL EUROS DE INDEMNIZAÇÃO
Glória Nunes e os seis filhos vão receber no total 157 500 euros de indemnização. Desse valor, 50 mil diz respeito a danos pela perda da vida e o restante é referente aos danos sofridos pela esposa e os filhos.
"Os tribunais às vezes erram, pode ter sido esse o caso. O mais importante é a condenação, não o dinheiro", disse Fernando Marinho, advogado da assistente.
À saída do Tribunal, alguns moradores em Ermelo reagiram à pena. "O Cunha foi perseguido durante anos e apenas se defendeu", disse Joaquim Gomes.
Correio da Manhã
Apanha 14 anos por matar rival
"Assassino, ele é um assassino!" O grito de revolta de uma das filhas de Maximino Clemente ouviu-se ontem no átrio do Tribunal de Vila Real minutos depois de António Cunha ser condenado a 14 anos e meio de prisão. Foi condenado pela morte do marido da opositora à junta de Ermelo, no dia das eleições autárquicas, a 11 de Outubro de 2009.
O Tribunal concluiu que o antigo candidato do PS sofre de stress pós-traumático e que a sua imputabilidade é diminuída e, ao contrário do que constava na acusação do Ministério Público, condenou António Cunha apenas por homicídio simples. "O arguido sofre de um défice cognitivo e a sua imputabilidade diminuída leva a que se altere a qualificação jurídica do crime", disse o juiz-presidente.
Na leitura do acórdão foi dada como provada a maioria dos factos que constavam na acusação. "O arguido entrou na sala onde estava a mesa de voto de Fervença e sem que a vítima se apercebesse da sua chegada matou-o com um tiro. Agiu de forma traiçoeira, sem dar hipótese a qualquer tentativa de defesa", diz o acórdão.
O Tribunal concluiu ainda que as desavenças entre Maximino e António Cunha eram muito antigas e que o homicida temia pela própria vida. "Ficou provado que o Maximino ameaçou o arguido algumas vezes e que tinha medo de ser morto", concluiu o juiz.
O colectivo considerou também que as declarações de António Cunha não têm qualquer credibilidade e que tinha clara intenção de matar. "O arguido não mereceu credibilidade quando disse que agiu em legítima defesa e que não tinha intenção de matar", lê-se no acórdão.
Os advogados de ambas as partes já admitiram recorrer.
FAMÍLIA RECEBE 157 MIL EUROS DE INDEMNIZAÇÃO
Glória Nunes e os seis filhos vão receber no total 157 500 euros de indemnização. Desse valor, 50 mil diz respeito a danos pela perda da vida e o restante é referente aos danos sofridos pela esposa e os filhos.
"Os tribunais às vezes erram, pode ter sido esse o caso. O mais importante é a condenação, não o dinheiro", disse Fernando Marinho, advogado da assistente.
À saída do Tribunal, alguns moradores em Ermelo reagiram à pena. "O Cunha foi perseguido durante anos e apenas se defendeu", disse Joaquim Gomes.
Correio da Manhã