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Holanda põe fim a missão militar

Rotertinho

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Afeganistão: Após quatro anos na guerra aos taliban
Holanda põe fim a missão militar

A Holanda pôs ontem fim a quatro anos de missão militar no Afeganistão, tornando-se o primeiro país da NATO a retirar. A saída, embora sem impacto dramático no contingente global (a Holanda tinha 1950 efectivos no terreno), deixa os EUA mais sobrecarregados e preocupa pelo sinal que pode dar a outros países para fazerem o mesmo.

Numa cerimónia simples na base central da província de Uruzgan, onde o contingente multinacional era chefiado pela Holanda, o comandante holandês, general Peter van Uhm, entregou ontem o comando a generais dos EUA e da Austrália.

Em jeito de balanço, considerou: "Foram alcançados resultados tangíveis, pelos quais estamos orgulhosos". Uhm lembrou ainda os 24 holandeses que perderam a vida na missão – um deles foi o seu filho de 23 anos, morto por uma bomba, em Abril de 2008.

O desempenho das tropas holandesas foi elogiado, em comunicado, pela ISAF, a força da NATO no Afeganistão. E por boas razões. De facto, os holandeses usaram técnicas pioneiras de abordagem do conflito, já adoptadas por outras forças. Destaca-se a chamada política dos ‘3 D’ – defesa, diplomacia e desenvolvimento. Graças a ela, o combate aos taliban na província de Uruzgan foi acompanhado pela criação de laços fortes com os líderes tribais e a criação de programas de desenvolvimento, sobretudo nas áreas da saúde e da educação.

A retirada preocupa, mas ninguém quer admiti-lo. Julho marcou um pico na violência taliban, que fez um número de baixas recorde em vários contingentes. Apesar disso, assegura-se que os restantes países da NATO estão de pedra e cal na missão. No entanto, o Canadá retira em 2011, a Polónia em 2012 e o Reino Unido em 2014 ou 2015. Em países como Espanha e Alemanha aumenta a pressão para a saída imediata.

PORTUGAL ALTERA CARACTERÍSTICAS DA MISSÃO

O carácter da participação portuguesa na guerra no Afeganistão vai ser alterado no Outono. Actualmente, Portugal tem 254 militares integrados na ISAF (força da NATO naquele país), parte de uma Força de Reacção Rápida que prestou serviço em algumas das zonas mais quentes de combate aos rebeldes taliban, nomeadamente em Kandahar, o chamado ‘ninho’ dos radicais islâmicos afegãos. Essa força será rendida, como confirmou já este mês o Conselho Superior da Defesa Nacional, por uma missão composta por 191 formadores.



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