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GF Platina
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A Estação de pesquisa russa Vostok, situada na Antártida, fundada no dia 16 de Dezembro de 1957, registou a temperatura mais baixa da Terra, que é de 89ºC negativos no mês de Agosto. Esta estação está situada a uma distância de 1253 km do Pólo Sul e a 1260 km da costa mais próxima. Chegar à estação durante o Inverno é praticamente impossível, o que significa que os exploradores não podem contar com assistência externa nesse período. O fornecimento da carga para a estação faz-se através de avião (no Verão, período menos frio), tractor ou trenó (no resto do tempo). Vostok está localizada próximo ao Polo Sul magnético da Terra e é um dos locais mais adequados para estudar as mudanças no campo magnético do nosso planeta. No Verão há em média 25 pessoas entre cientistas e engenheiros, porém no Inverno o seu número é reduzido para 13. Vostok é o lugar habitado com mais baixas temperaturas do hemisfério sul e de toda a Terra. A sua média anual é de 50ºC negativos, tendo máximas de 30ºC negativos no Verão e mínimas de 70ºC negativos no Inverno. A mais alta registada foi de 22ºC negativos em Janeiro e a mais baixa foi de 89ºC negativos (recorde na Terra). Ocorrem ventos fortíssimos constantemente e chuvas são praticamente inexistentes. Poucos são os cientistas que visitam Vostok no Inverno, porque qualquer tipo de equipamento tem grandes hipóteses de congelar devido ao frio extremo. Os trabalhos realizados em Vostok tem como objectivo o estudo de hidrocarbonetos e recursos minerais e reservas de água potável, além de observações geofísicas e glaciológicas, bem como o estudo sobre as alterações climáticas, o buraco na camada de ozono, a elevação do nível de água nos oceanos, etc. Mas essa região é habitada por cientistas por motivos profissionais.
Mas o lugar mais frio habitado por populações definitivas é sem dúvida, Oymyakon ou Oimekon, situada no leste da Sibéria, na Rússia, junto ao rio Indigirka, na República de Sakha, com cerca de 1000 habitantes. É conhecida por ter o recorde de temperatura mais baixa numa localidade permanentemente habitada, com o valor de 71,2ºC negativos, ocorrido em Janeiro de 1926. No dialecto local Oymyakon significa «água não congelada» por causa da proximidade de fontes naturais de água. O solo é permanentemente congelado. A vida nesta localidade é extremamente difícil, e os habitantes alimentam-se de cavalo e rena. A melhoria do tempo permite obter alguns vegetais, ausentes dos hábitos alimentares deste povo, durante todo o resto do ano. Os transportes são dificultados devido aos combustíveis gelarem a partir dos 50ºC negativos. A escola encerra quando as temperaturas baixam a partir dos 52ºC negativos. A tinta das esferográficas congela habitualmente e todo o equipamento electrónico apresenta comportamento bizarro em função das diferentes reacções de dilatação e contracção dos metais a temperaturas extremamente baixas. Oymyakon situa-se a cerca de 800 km a leste de Yakutsk, uma das mais importantes cidades da Sibéria e também a cidade mais fria do planeta.
Em Yakutsk, a temperatura média em Janeiro é de 40ºC negativos. A névoa que cobre a cidade restringe a visibilidae a 10 metros. Os habitantes vestidos com pesados casacos de pele passam pela praça central, onde fica a estátua de Lenine. Yakutsk é a capital de Yakutia, região que abrange mais de 2,6 milhões de km quadrados e onde vivem mais de 1 milhão de habitantes. A cidade fica a seis fusos horários de Moscovo, mas a viagem leva 6 horas num precário avião Tupolev. Uma passagem de avião custa pelo menos 1,8 mil rublos, ida e volta, uma enorme quantia num país em que o salário médio é de 930 rublos por mês. A maioria dos carros que circulam na cidade é de origem japonesa, de preferência, de segunda mão, por resistirem melhor ao frio do que os carros russos. Mesmo assim, os moradores costumam deixar o motor ligado, quando vão parar apenas meia hora. E alguns deixam ligado o dia inteiro, durante o horário do trabalho, para garantir uma temperatura minimamente tolerável na volta para a casa. O fumo dos escapes contribui para a névoa na cidade. As aulas são suspensas quando a temperatura atinge a cima dos 55ºC negativos. A região é rica em ouro e diamantes, razão pelo que os soviéticos decidiram transformar Yakutsk num importante centro regional, primeiro com o sistema de trabalho forçado do Gulag, depois colonizando a região com milhares de voluntários em busca de aventura, melhores salários e a oportunidade de construir o socialismo no gelo. A megaempresa Alrosa, responsável por 20% da oferta mundial de diamantes brutos, tem a sua sede na região. Com o tempo, Yakutska virou uma cidade de verdade, com hóteis, cinemas, uma ópera, universidades, entrega de pizza e até jardim zoológico (pobre dos animais). O mais incrível neste local, é que os operários continuam a trabalhar na construção civil com temperaturas até aos 50ºC negativos (abaixo disso o metal torna-se quebradiço) e as aulas são suspensas quando o termómetro cai abaixo de menos 55ºC, apesar do jardim de infância fechar com menos de 50ºC negativos.
Mas o lugar mais frio habitado por populações definitivas é sem dúvida, Oymyakon ou Oimekon, situada no leste da Sibéria, na Rússia, junto ao rio Indigirka, na República de Sakha, com cerca de 1000 habitantes. É conhecida por ter o recorde de temperatura mais baixa numa localidade permanentemente habitada, com o valor de 71,2ºC negativos, ocorrido em Janeiro de 1926. No dialecto local Oymyakon significa «água não congelada» por causa da proximidade de fontes naturais de água. O solo é permanentemente congelado. A vida nesta localidade é extremamente difícil, e os habitantes alimentam-se de cavalo e rena. A melhoria do tempo permite obter alguns vegetais, ausentes dos hábitos alimentares deste povo, durante todo o resto do ano. Os transportes são dificultados devido aos combustíveis gelarem a partir dos 50ºC negativos. A escola encerra quando as temperaturas baixam a partir dos 52ºC negativos. A tinta das esferográficas congela habitualmente e todo o equipamento electrónico apresenta comportamento bizarro em função das diferentes reacções de dilatação e contracção dos metais a temperaturas extremamente baixas. Oymyakon situa-se a cerca de 800 km a leste de Yakutsk, uma das mais importantes cidades da Sibéria e também a cidade mais fria do planeta.
Em Yakutsk, a temperatura média em Janeiro é de 40ºC negativos. A névoa que cobre a cidade restringe a visibilidae a 10 metros. Os habitantes vestidos com pesados casacos de pele passam pela praça central, onde fica a estátua de Lenine. Yakutsk é a capital de Yakutia, região que abrange mais de 2,6 milhões de km quadrados e onde vivem mais de 1 milhão de habitantes. A cidade fica a seis fusos horários de Moscovo, mas a viagem leva 6 horas num precário avião Tupolev. Uma passagem de avião custa pelo menos 1,8 mil rublos, ida e volta, uma enorme quantia num país em que o salário médio é de 930 rublos por mês. A maioria dos carros que circulam na cidade é de origem japonesa, de preferência, de segunda mão, por resistirem melhor ao frio do que os carros russos. Mesmo assim, os moradores costumam deixar o motor ligado, quando vão parar apenas meia hora. E alguns deixam ligado o dia inteiro, durante o horário do trabalho, para garantir uma temperatura minimamente tolerável na volta para a casa. O fumo dos escapes contribui para a névoa na cidade. As aulas são suspensas quando a temperatura atinge a cima dos 55ºC negativos. A região é rica em ouro e diamantes, razão pelo que os soviéticos decidiram transformar Yakutsk num importante centro regional, primeiro com o sistema de trabalho forçado do Gulag, depois colonizando a região com milhares de voluntários em busca de aventura, melhores salários e a oportunidade de construir o socialismo no gelo. A megaempresa Alrosa, responsável por 20% da oferta mundial de diamantes brutos, tem a sua sede na região. Com o tempo, Yakutska virou uma cidade de verdade, com hóteis, cinemas, uma ópera, universidades, entrega de pizza e até jardim zoológico (pobre dos animais). O mais incrível neste local, é que os operários continuam a trabalhar na construção civil com temperaturas até aos 50ºC negativos (abaixo disso o metal torna-se quebradiço) e as aulas são suspensas quando o termómetro cai abaixo de menos 55ºC, apesar do jardim de infância fechar com menos de 50ºC negativos.
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