Boa tardeFicha identificativa:
Origem: Ásia
Tamanho: 8-10cm
Cor: Macho vermelho escuro com pontos brancos, fêmea verde. Ambos têm uma mancha preta na parte superior do bico.
Postura: 3 a 5 ovos brancos num ninho reservado, geralmente uma pequena caixa.
Incubação: 12-13 dias
Saida do ninho: 18-20 dias, 1ª muda com cerca de 2 meses de idade.
Reprodução: Acessível com atenção à alimentação das crias.
Anilhas: 2,0mm colocados no ninho por volta dos 10 dias de idade.
Comportamento: Não deve coabitar com outras aves vermelhas, tirando isso não levanta problemas mesmo a espécies mais pequenas.
Características:
Os bengalins mosqueados são uma das aves da família dos estrildídeos originárias da Àsia. São aves de pequeno porte com cerca de 8 cm de comprimento e uma das poucas deste género em que o macho emite uma agradável melodia com diversos tons seguidos de belo efeito, pouco comum entre os estrildídeos. Uma outra diferença nesta espécie em relação aos seus congéneres é o facto de o macho possuir duas plumagens distintas na época de acasalamento e repouso. Durante o periodo reprodutivo o macho reveste-se de uma vistosa plumagem em tons de vermelho escuro e castanhos salpicada por diversos pontos brancos enquanto for a deste periodo assume uma aparência muito mais discreta em tons de castanho. A maioria dos exemplares existentes no mercado são obridos por importação de aves selvagens e, como aliás é uma regra para todos os estrildideos, preferem aviários espaçosos e amplos ou, na faltas destes, gaiolas espaçosas de nunca menos de 60cm de comprimento. Tal como outras aves de grande dimorfismo sexual os machos defendem ferozmente o seu ninho sobretudo de outras aves vermelhas, embora possam ser mantidos juntamente com estas em viveiros amplos pois a agressão raramente ocorre quando dispôem de espaço suficiente para estarem afastados. Gostam de cobertura vegetal ou pequenos arbustos onde se sentirão muito mais à vontade para se reproduzirem. A proximidade com outras espécie deste género, o guarda-marinho (Amandava subflava) não é problema caso se mantenham juntos, sendo no entanto de evitar alojar mais do que um macho de bengalim mosqueado por viveiro ou gaiola. A não ser que se usem viveiros amplos de com densa cobertura vegetal. A alimentação é simples e semelhante à dieta de outros estrildideos, consistindo numa mistura base de sementes secas com boa percentagem de painço. Como todas estas espécies tiram bom proveito de sementes imaturas de diversas plantas e de sementes germinadas. Não sendo uma espécie das mais pequenas consegue com relativa facilidade alimentar as crias com sementes germinadas e papas de ovo comerciais (de preferência húmidas misturadas com as sementes germinadas), no entanto o alimento vivo é importante na primeira fase de vida das crias. Como tal moscas da fruta, trelas pequenas e mesmo larvas de mosca e grilos pequenos são muito apreciados e podem fazer a diferença para uma boa reprodução. As aves importadas em particular têm mais dificuildade em aceitar papas de ovo comerciais sendo o alimento vivo a melhor fonte de proteina. Em termos de reprodução não são das espécies mais difíceis de convencer a criar, o único problema reside na alimentação das crias mas, de um mo modo geral, depois da primeira ninhada bem sucedida demosntram ser bons pais e reproduzem-se com bastante regularidade. Aceitam ninhos de diversos tipos chegando alguns casais a construir um belo ninho esférico com palhas secas ou ervas e fibras de coco o que, em meu entender, não devemos encorajar pois dificulta a verificação do ninho e anilhagem das crias. Tal como os guardas-marinhos gostam de ninhos reservados que revestem interiormente de penas e materiais macios escolhendo normalmente os cestos de verga ou corda fechados. Podem no entanto usar caixas de madeira pequenas onde formam uma bola fechada e compacta. São aves que criam durante todo o ano desde que disponham de condições de dieta favoráveis, embora seja de evitar sobretudo dada a mudança de plumagem dos machos. Atente-se no entanto que os machos não terão forçosamente de estar na sua plena plumagem de acasalamento para que se reproduzam com sucesso. Durante a incubação dos 3-6 ovos o casal deve ser deixado em sossego pelo periodo de 12-13 dias que é a duração normal da incubação. Este processo é partilhado pelos dois sexos embora com predominância clara para a fêmea. Nos dias anteriores ao nascimento das crias, caso não o façamos permanetemente, devemos comçar a fornecer maior quantidade de alimento vivo e sementes germinadas. Normalmente o comportamento atarefado dos pais denuncia se estão a ocupar-se correctamente das crias no entanto costuo verificar se as crias estão alimentadas ao terceiro dia e, de novo ao sétimo, altura a partir da qual raramente surgem problemas. Nesta altura aproveito também para ver o tamanho das crias e decidir quando colocar as anilhas de 2,00mm. Esta operação pode ser feita na maioria dos casos por volta do 10º dia mas devemos verificar antes pois são aves ligeiramente maiores que os amarantes ou guardas-marinhos. As crias saiem do ninho com aproximadamente 18-20 dias. São em tudo semelhantes aos guardas-marinhos com plumagem castanha e bicos pretos, distinguem-se apenas pelas listras brancas nas asas. Os adultos facilmente chamam e reunem as crias para as alimentar e regressar ao ninho o que, aliás, é normal em aves deste tipo, mais que nos diamantes australianos. Com cerca de 2 meses distinguem-se facilmente os primeiros machos que ganham a plumagem castanha enquanto as fêmeas se tornam verdes. São aves bastante sociàveis paar viveiros amplos mesmo apesar da sua agressividade durante a reprodução. O seu tamanho esconde a facilidade com que se adaptam e resistem ao tempo exterior. De um moco geral direi que, depois dos guardas-marinhos, serão a escolha ideal para quem se quer iniciar neste tipo de aves. Foram encontradas situações de melanismo frequentes em indivíduos desta espécie (Yantz, 1996) que parecem estar relacionadas umz vez mais com problemas ambientais visto que, quando alimentados com uma diversidade de alimentos vivos e mantidos em condições de iluminação natural, estes problemas são reduzidos.
tenho um casal de bengalins com uma parda na mesma gaiola há cerca de 4 meses.
hoje surpreendentemente puseram dois ovos, um estava gelado dentro da agua do bebedouro e outro estava no fundo da gaiola. Quando retirei o ovo da água a parda foi lá e partiu a casca.
Retirei o ovo não danificado e coloquei-o em algodão e luz para manter o ovo quente, pareceu-me o mais lógico
Que devo fazer agora?
Pensei que os bengalins tomavam conta das suas crias?