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Operários de férias recebem cartas de despedimento

eica

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Abr 15, 2009
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Administração da FMAC não dá explicações para a decisão que afecta 111 dos 151 trabalhadores

O período de férias trouxe aquilo que os trabalhadores da FMAC, do grupo Quinta e Costa, mais temiam. No total 111 trabalhadores receberam em casa a carta de despedimento. Os operários falam em "má-fé", até porque a carta traz a data de 5 de Agosto.

Para ontem estava prevista uma reunião com os sindicatos para decidir o futuro dos trabalhadores da FMAC, mas não se chegou a realizar. "No passado dia 20 houve uma reunião na qual foi decido fazer hoje um plenários com os trabalhadores. Isso não ocorreu porque os advogados da empresa devem estar de férias, pois já liguei para os escritórios em Guimarães e atende a máquina", explica Francisco Vieira, que acusa ainda a administração da FMAC de despedimento ilícito. "Não há dúvida nenhuma que estamos perante um despedimento selvagem", começou por dizer o presidente do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes que explica ainda as razões desta acusação. "Os trabalhadores receberam uma carta no dia 25 de Agosto a anunciar o despedimento, mas com a data do dia 5 de Agosto. Isto é uma grande mentira porque no mínimo a data devia ser de 24 de Agosto", reclama Francisco Vieira, que explica ainda que para a Segurança Social, e para efeitos de subsídio de desemprego, a data que vai constar no documento vai ser o dia 5 de Agosto. "E os 20 dias em falta?", questiona o sindicalista.

Para além desta suposta ilegalidade, a FMAC deve ainda os salários de Julho. "Os trabalhadores têm que receber o salário em falta, o mês de Agosto até ao dia 25 e o subsídio de férias. Isto vai ser exigido no dia 2 de Setembro", vaticina Francisco Vieira. No entanto, dos 151 trabalhadores da FMAC, 40 não receberam qualquer carta de despedimento. "Suspeitamos que há alguma empresa interessada nisto", dizem alguns operários.

"Faço parte do grupo de 13 casais que vieram de Vizela para aqui, em 1986, quando se instalou a empresa. Montamos as máquinas e dedicamos de corpo e alma à empresa. Nunca entramos em greve e sempre fomos muito compreensivos face às dificuldades da empresa. Não merecíamos isto e exigimos respeito por parte da administração", disse António Lopes, trabalhador desde sempre na FMAC. Ao seu lado estava a sua esposa, também trabalhadora da empresa têxtil. "Vamos ficar os dois numa situação complicada. Eu tenho 49 anos e o meu marido 53 e isto vai ficar complicado, pois temos coisas para pagar. Somos velhos para trabalhar e novos para a reforma", contou revoltado Rosa Costa, funcionária ali há 24 anos.

O JN tentou contactar a administração da empresa, quer no local quer por via telefone, mas sem sucesso.

JN
 
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