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“Deu-lhe um tiro na cabeça”

Rotertinho

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Almada: Acusado de matar mulher e de disparar sobre os filhos desta
“Deu-lhe um tiro na cabeça”

Ninguém na sala de audiências do Tribunal de Almada ficou indiferente ao testemunho de Pedro Afonso, de apenas 17 anos, quando descreveu à juíza a manhã de dia 25 de Janeiro, altura em que, juntamente com os irmãos gémeos, de 13, viu a mãe ser morta com dois tiros pelo ex-namorado, à porta do prédio onde viviam. A voz tremia-lhe, mas as palavras eram bem claras.

"Vi-o apontar a arma e dar um tiro na cabeça da minha mãe (...) ela caiu logo ao lado do meu irmão", disse Pedro Afonso, na primeira audiência do julgamento de Domingos Evangel, de 52 anos, acusado de ter morto a ex-companheira, Luísa Travanca, de 42, com dois tiros.

O homicídio ocorreu na sequência de uma relação conflituosa, com agressões, ameaças e queixas na PSP. Apesar da idade, Pedro não hesitou quando ouviu a mãe gritar nas escadas e viu Domingos a carregar uma pistola 9 mm , isto após o fim de uma relação marcada pelos "ciúmes" do suspeito. "A minha mãe saiu de casa e gritou por socorro. Quando abri a porta, vi-o a carregar a arma e atirei-me para cima dele, agarrando-lhe as mãos. Mordeu-me os braços mas não o larguei", relatou Pedro. "Ficámos ali numa luta e a minha mãe caiu das escadas. Descemos, desequilibrámo-nos e embatemos na porta do prédio, partindo o vidro."

Foi nessa altura que Luísa Travanca conseguiu colocar Domingos na rua. Acto que lhe custou a vida. O suspeito deu-lhe um tiro na cabeça, ela caiu e ele ainda lhe desferiu um tiro no peito. Depois virou-se para Pedro e João Miguel, um dos gémeos, e disparou mais três tiros, mas não os atingiu. O outro gémeo fugiu para a escola.

Domingos, acusado de um crime de homicídio qualificado, dois na forma tentada, um de ofensas, um de violação do domicílio e outro de detenção de arma proibida, fugiu para a zona da Fonte da Telha onde, ao telefone com a polícia, disse que se ia suicidar. Quando um inspector da PJ chegou perto dele, já este tinha a pistola debaixo do queixo. Disparou, mas não morreu. Ontem, frio e distante, não prestou declarações.


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