Numa nota de investimento intitulada "Quem pode resistir ao canto da sereia?", o Bernstein Research analisa a actividade da Portugal Telecom (PT) e sublinha que a operadora portuguesa "é provavelmente a "telecom" melhor gerida na Europa".
A equipa de análise do banco, liderada por Robin Bienenstock, considera que a companhia liderada por Zeinal Bava “tem uma visão clara para a evolução do seu mercado doméstico, transformando uma fraqueza ostensiva (uma pesada exposição económica ao fixo com um forte concorrente no cabo) em força”.
A casa de investimento considera que os produtos de fibra oferecidos pela Portugal Telecom, particularmente a Meo, são “claramente melhores” do que os apresentados pelos concorrentes actualmente.
Por outro lado, os analistas do Bersntein acreditam também que a PT goza de uma “vantagem estrutural a longo prazo” no segmento móvel. No entanto, os especialistas sublinham que o curto prazo continuará a ser afectado pela concorrência “irracional”.
No Brasil, o banco considera que haverá poucas dúvidas de que a empresa portuguesa se saiu melhor do que a espanhola Telefónica. E, se tudo correr bem com o seu negócio com a Oi, “a PT terá em breve substituído o fluxo do dividendo da Vivo com um de dimensão similar no Brasil”.
Para o Bernstein, parece claro que a PT deverá aumentar a remuneração aos seus accionistas de forma a convencer o mercado dos benefícios das transacções efectuadas. “Parece provável que a PT vai aumentar a remuneração accionista para aliviar os receios de que vai reverter o ganho de três mil milhões de euros na ostentação em fusões e aquisições”, referem os especialistas.
Estas duas coisas combinadas deverão elevar a cotação no curto prazo, tornando a “ PT uma oportunidade a curto prazo”.
O Bernstein atribui uma recomendação de “market-perform” às acções da PT, as quais avalia em 9,50 euros.
As acções da operadora seguem a desvalorizar 0,42% para os 9,52 euros.
