Rotertinho
GF Ouro
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Parlamento: Arranca novo ano legislativo
Governo e PSD trocam acusações
O Governo acusou ontem o PSD de estar a criar uma "questão de governabilidade" em Portugal ao colocar a revisão constitucional acima do Orçamento do Estado (OE).
No arranque do novo ano parlamentar, com clareiras mais notadas nas bancadas dos dois principais partidos, o ataque ao PSD partiu do ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, segundo quem, ao privilegiarem a revisão da Constituição os sociais-democratas confessam que "não estão preparados para governar" com o actual texto. Para Jorge Lacão, trata--se afinal de uma questão de prioridades: "Primeiro é necessário dotarmo-nos de instrumentos necessários para combater a crise", disse, numa referência clara ao Orçamento do Estado. Lacão criticou ainda o projecto de revisão do PSD, afirmando que o que está em causa é "a troca do Estado Social por um Estado mínimo assistencialista".
Na defesa dos sociais-democratas, Miguel Macedo considerou "insólita" a intervenção de Lacão, uma vez que o processo de revisão constitucional é da competência exclusiva da Assembleia da República. "Queira ou não queira o Governo, o processo de revisão constitucional vai começar. Tal como aconteceu no passado, espero que o PS não faça o País aguardar anos a fio pelas soluções de que Portugal precisa", frisou.
Para a oposição, as clivagens entre o Governo e o PSD são um "chinfrim que não se compreende", lançou Pedro Mota Soares, do CDS. Para o líder da bancada democrata-cristã, o Governo e o PSD assumem-se como "adversários no virtual" (revisão da Constituição) para esconderem "a cumplicidade no real" (OE). O PCP, por António Filipe, lembrou que em anteriores revisões o PS começou por se opor ao PSD, mas acabaram por se entender.
Já Luís Fazenda, do Bloco de Esquerda, lançou a questão ao PSD sobre se, findos os 30 dias para a entrega de projectos de revisão, o PSD apresentará então um projecto de resolução para o início dos trabalhos em sede de comissão de revisão "ou se tudo não passará de um tiro de pólvora seca."
EDUCAÇÃO E SEGURANÇA DEBAIXO DE FOGO
Antes da intervenção do ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, os deputados abordaram outras questões, como o início do novo ano lectivo e a segurança. Em ambos os domínios, o Governo esteve debaixo de fogo por parte da oposição, que criticou, em especial, a falta de apoios sociais aos mais desfavorecidos, no caso da educação, e a "falta de motivação" que se vive nas forças policiais, consequência da acção do Governo, que tem retirado direitos assumidos, segundo o deputado do CDS-PP Nuno Magalhães.
Correio da Manhã
Governo e PSD trocam acusações
O Governo acusou ontem o PSD de estar a criar uma "questão de governabilidade" em Portugal ao colocar a revisão constitucional acima do Orçamento do Estado (OE).
No arranque do novo ano parlamentar, com clareiras mais notadas nas bancadas dos dois principais partidos, o ataque ao PSD partiu do ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, segundo quem, ao privilegiarem a revisão da Constituição os sociais-democratas confessam que "não estão preparados para governar" com o actual texto. Para Jorge Lacão, trata--se afinal de uma questão de prioridades: "Primeiro é necessário dotarmo-nos de instrumentos necessários para combater a crise", disse, numa referência clara ao Orçamento do Estado. Lacão criticou ainda o projecto de revisão do PSD, afirmando que o que está em causa é "a troca do Estado Social por um Estado mínimo assistencialista".
Na defesa dos sociais-democratas, Miguel Macedo considerou "insólita" a intervenção de Lacão, uma vez que o processo de revisão constitucional é da competência exclusiva da Assembleia da República. "Queira ou não queira o Governo, o processo de revisão constitucional vai começar. Tal como aconteceu no passado, espero que o PS não faça o País aguardar anos a fio pelas soluções de que Portugal precisa", frisou.
Para a oposição, as clivagens entre o Governo e o PSD são um "chinfrim que não se compreende", lançou Pedro Mota Soares, do CDS. Para o líder da bancada democrata-cristã, o Governo e o PSD assumem-se como "adversários no virtual" (revisão da Constituição) para esconderem "a cumplicidade no real" (OE). O PCP, por António Filipe, lembrou que em anteriores revisões o PS começou por se opor ao PSD, mas acabaram por se entender.
Já Luís Fazenda, do Bloco de Esquerda, lançou a questão ao PSD sobre se, findos os 30 dias para a entrega de projectos de revisão, o PSD apresentará então um projecto de resolução para o início dos trabalhos em sede de comissão de revisão "ou se tudo não passará de um tiro de pólvora seca."
EDUCAÇÃO E SEGURANÇA DEBAIXO DE FOGO
Antes da intervenção do ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, os deputados abordaram outras questões, como o início do novo ano lectivo e a segurança. Em ambos os domínios, o Governo esteve debaixo de fogo por parte da oposição, que criticou, em especial, a falta de apoios sociais aos mais desfavorecidos, no caso da educação, e a "falta de motivação" que se vive nas forças policiais, consequência da acção do Governo, que tem retirado direitos assumidos, segundo o deputado do CDS-PP Nuno Magalhães.
Correio da Manhã