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CIP pede fim da elevada subida do gás

florindo

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A CIP quer travar a forte subida da factura do gás sentida desde Julho e já pediu a Vieira da Silva, que tutela a entidade reguladora ERSE, que dilua num espaço de tempo maior do que os actuais três anos o pagamento do desvio de 100 milhões acumulado desde 2008.

O pedido foi deixado numa reunião tida há menos de um mês entre o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), António Saraiva, e o ministro da Economia, que tutela a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). António Marques, presidente da AIMinho e membro da direcção da CIP, reforçou o pedido: "O aumento da factura de gás natural é incomportável para muitas empresas, sobretudo neste tempo de crise", disse, ao JN. As subidas do valor global a pagar chegam a 10% ou 20%, consoante o perfil de consumo da empresa em causa. António Marques quer que a dívida seja paga em sete anos e não em três, como está agora previsto.

A subida da factura deve-se à decisão tomada pela ERSE de recuperar em apenas três anos o desvio, criado por duas razões: o facto de o preço do gás cobrado aos consumidores não ter aumentado na mesma proporção da subida nos mercados internacionais; e, em menor escala, uma renegociação dos contratos de fornecimento entre a Galp (que importa o gás para Portugal) e um dos dois fornecedores (a Nigéria, sendo o segundo a Argélia). Tudo junto resulta num valor de 100 milhões que devia ter sido pago pelos consumidores e não foi.

Reacção da ERSE

Fonte oficial da ERSE adiantou estar disponível para alargar o prazo, tanto que propôs três anos porque foi nesse espaço de tempo, grosso modo, que o défice se acumulou, disse. E, quanto mais depressa for pago, menores serão os juros que os consumidores terão a pagar - um argumento ao qual António Marques responde com a incapacidade no imediato de pagar uma prestação tão alta.

A iniciativa da mudança, continuou a fonte da ERSE, terá que partir do conselho tarifário, onde estão representados os consumidores, incluindo os industriais. É que, diz, os aumentos são propostos pela ERSE, mas aprovados pelo conselho. Até agora, garantiu, a recomendação não surgiu, apesar de a Associação dos Industriais de Cerâmica ter já pedido ao seu representante no conselho tarifário para o fazer. "Estamos convictos que compreendeu a dimensão do problema e que irá actuar", disse José Luís Sequeira, vice-presidente executivo da APICER, que representa os maiores consumidores nacionais de gás natural.

Fonte JN
 
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