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Câmara quer manter Gebalis mas não aponta soluções

florindo

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Out 11, 2006
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Acabou a meio, sem consensos ou decisões, a reunião de ontem do executivo lisboeta sobre a extinção da Gebalis, empresa que gere os bairros municipais. A maioria que governa a autarquia rejeita a extinção, mas não soube apontar soluções para evitar a falência.

Os ânimos exaltaram-se. Helena Roseta chegou a abandonar a sala onde decorria a reunião extraordinária, regressando mais tarde. Nada foi votado, nem a extinção da Gebalis, nem o relatório de análise de viabilidade financeira, ou relatórios de contas, orçamento e plano de actividades.

“Se querem manter a empresa, têm de dizer como e com que custos. É preciso que a vereadora (Helena Roseta) saiba o que quer e que se entenda com os vereadores dos Espaços Verdes e das Finanças”, argumentou o vereador do CDS-PP António Carlos Monteiro, após a reunião do executivo, que decorreu à porta fechada.

António Carlos Monteiro, recordou que opôs à criação da Gebalis, em 1995, por entender que a Câmara seria capaz de assumir a gestão dos bairros. Adiantou ainda que haverá 19 milhões de rendas por cobrar e que metade terá prescrito. “Há um desnorte em matéria de habitação”, criticou, acrescentando que a Câmara, para manter a Gebalis, teria que transferir, de imediato, 17,5 milhões de euros. “Como é que o vai fazer?”, questionou.

António Carlos Monteiro mostrou sintonia com o vereador do PSD Vítor Gonçalves na defesa da extinção da Gebalis e nas críticas ao estudo de viabilidade apresentado por Helena Roseta. Ambos alegam que é um estudo “enviesado”, que defende os interesses da Gebalis e não os da autarquia.

Vítor Gonçalves foi mesmo mais longe e deu a entender que Helena Roseta é uma vereadora “desamparada” e que a maioria apresenta sintomas de ruptura. “A Câmara tem muita capacidade de diagnóstico e pouca capacidade de execução. Ou não agendava a reunião ou vinha preparada para dar todos os esclarecimentos”, disse.

Helena Roseta assumiu ontem, perante os jornalistas, toda a responsabilidade por não ter elaborado uma proposta que apontasse para soluções capazes de viabilizar a Gebalis, rejeitando o cenário de extinção da empresa. Não tive tempo para elaborar uma proposta. A responsabilidade é exclusivamente minha”, frisou.

A vereadora sublinha que a extinção seria ?um erro? e implicaria encargos no valor de 35 milhões e mais de 200 pessoas no desemprego. ?Iria criar uma instabilidade enorme e temos muitas famílias nos bairros a pedir redução de rendas?, acrescentou.
Defende que a viabilidade da Gebalis pode passar, por exemplo, por concentrar gabinetes de atendimento da empresa, 14 no total. Sugere ainda contratos-programa com a Câmara para a gestão dos espaços verdes e revela que a própria Gebalis mostrou abertura para assinar um acordo para devolver, a médio prazo, o capital financeiro injectado.

Além do “emagrecimento” de gabinetes, Helena Roseta adiantou que o mesmo poderá ser feito com 40 ou 50 funcionários que recebem salário, mas que estão a desempenhar funções noutros locais. “Essas pessoas deveriam ter a hombridade de sair pelo seu próprio pé”.

Fonte JN
 
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