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Carlos Pinto, notário da Câmara do Porto que, em 2000, conduziu uma escritura de permuta da autarquia com o F.C. Porto apresenta uma diferente versão da de Nuno Cardoso. Em causa está o modo como o autarca soube que o clube passou a ser dono dos terrenos.
O negócio de troca dos terrenos nas Antas com lotes da frente urbana do Parque da Cidade - que, segundo o Ministério Público terá beneficiado os azuis-e-brancos em 2,5 milhões de euros à custa do erário público - estava acordado entre família Ramalho e Câmara e havia "urgência" na sua concretização formal.
Carlos Pinto foi a pessoa indicada por Nuno Cardoso como tendo sido a fonte da informação sobre a mudança de propriedade dos terrenos e também quem dialogou com o FC Porto, ao ponto de saber do interesse do clube em manter o negócio.
Mas, ontem, no julgamento que decorre nos Juízos Criminais do Porto, o notário foi evasivo: soube dos factos pelo "processo", registos prediais e pelo gabinete da presidência. Só mais tarde, após insistência da juíza Fátima Ferreira e dos advogados, acabou por reconhecer a hipótese de ter tido informações através do vice-presidente do F.C. Porto e advogado, João Castro Neves, de quem é "amigo" e trata por "tu".
"É natural que tenha falado", disse. Assumiu ainda ter sugerido a elaboração de um despacho a ditar a "urgência" do negócio e a atestar a legalidade de uma ratificação posterior pela Câmara.
O pormenor sobre como Nuno Cardoso soube do negócio do FC Porto com a família Ramalho é fulcral para a averiguação de um eventual conluio do autarca com o clube. Este, com os negócios em torno da permuta, resolveu um diferendo com a família e ganhou, em menos de um mês, mais de dois milhões de euros, com uma venda posterior.
Fonte JN
O negócio de troca dos terrenos nas Antas com lotes da frente urbana do Parque da Cidade - que, segundo o Ministério Público terá beneficiado os azuis-e-brancos em 2,5 milhões de euros à custa do erário público - estava acordado entre família Ramalho e Câmara e havia "urgência" na sua concretização formal.
Carlos Pinto foi a pessoa indicada por Nuno Cardoso como tendo sido a fonte da informação sobre a mudança de propriedade dos terrenos e também quem dialogou com o FC Porto, ao ponto de saber do interesse do clube em manter o negócio.
Mas, ontem, no julgamento que decorre nos Juízos Criminais do Porto, o notário foi evasivo: soube dos factos pelo "processo", registos prediais e pelo gabinete da presidência. Só mais tarde, após insistência da juíza Fátima Ferreira e dos advogados, acabou por reconhecer a hipótese de ter tido informações através do vice-presidente do F.C. Porto e advogado, João Castro Neves, de quem é "amigo" e trata por "tu".
"É natural que tenha falado", disse. Assumiu ainda ter sugerido a elaboração de um despacho a ditar a "urgência" do negócio e a atestar a legalidade de uma ratificação posterior pela Câmara.
O pormenor sobre como Nuno Cardoso soube do negócio do FC Porto com a família Ramalho é fulcral para a averiguação de um eventual conluio do autarca com o clube. Este, com os negócios em torno da permuta, resolveu um diferendo com a família e ganhou, em menos de um mês, mais de dois milhões de euros, com uma venda posterior.
Fonte JN