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PSD saúda cortes, sindicatos zangados

florindo

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Out 11, 2006
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O PSD, pela voz de António Nogueira Leite, conselheiro económico de Pedro Passos Coelho, acusou ontem o primeiro-ministro de estar a apresentar a "factura da incompetência do Governo" por, quatro meses após ter acordado o PEC II - pacote de austeridade que teve o aval do PSD -, estar, mais uma vez, a "causticar os contribuintes com tão dolorosas medidas". Mas saudou e registou as "novas e muito duras medidas de contenção da despesa", lembrando que "o PSD nunca rejeitou que apoiaria um Orçamento que desse primazia ao ajustamento pelo lado da despesa", e estando disponível para o apreciar "em sede própria", no Parlamento.

Nogueira Leite criticou a falta de "transparência" do Governo por não ter, até agora, apresentado um balanço dos resultados das medidas tomadas em Maio. Mas saudou a "contenção no discurso de permanente fuga para a frente" e defendeu que, além do congelamento dos investimentos públicos para este ano, "o Governo tem a obrigação de congelar todas as parcerias público-privadas que estão em curso", citando os casos do TGV e das concessões do Centro e do Pinhal Interior.

O PSD considerou "um mau princípio recorrer a sucessivos aumentos de impostos" e apelou ao Governo para que reconsidere o aumento do IVA, por entender que "não é bom para as famílias". E, sobre a transferência do fundo de pensões da Portugal Telecom para o Estado, defendeu que o Governo tem de explicar "quais são as responsabilidades que está a transferir para todos nós".

Numa "análise preliminar" às medidas do Governo, e sem se comprometer com o sentido de voto do Orçamento de Estado, Cecília Meireles, do CDS-PP, considerou que são a prova de que o Governo falhou. E considerou "surpreendente" que o Governo mantenha a decisão de construir o TGV, a terceira travessia do Tejo e o novo aeroporto.

À Esquerda, PCP e Bloco condenaram a "ofensiva brutal" aos rendimentos do trabalho que "vão contribuir para aumentar o desemprego", disse Jerónimo de Sousa. Helena Pinto, do BE, considerou estas medidas uma "receita antiga" que vai acrescentar "recessão à recessão".

Do lado dos sindicatos, surgiram reacções zangadas. Bettencourt Picanço, do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, lamentou que as medidas sejam "mais do mesmo" e no sentido de "empobrecer os trabalhadores" da Função Pública, admitindo que terão de reagir. Ana Avoila, da Frente Comum da Administração Pública (CGTP), não duvida que os trabalhadores saberão dar "a resposta necessária", admitindo o recurso à greve. A UGT só hoje irá reunir e reagir a estas medidas.

Fonte JN
 
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