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O candidato a bastonário da Ordem dos Médicos José Manuel Silva afirmou, ontem à noite, quarta-feira, no Porto, que "o Serviço Nacional de Saúde não precisa de nem mais um cêntimo, tem é de ser bem gerido".
José Manuel Silva falava na Secção Regional do Norte, onde apresentou o programa da sua candidatura, cujo lema é "Defender os médicos, os doentes e a saúde".
O candidato, médico internista dos Hospitais da Universidade de Coimbra e também presidente da Secção Regional do Centro, disse à agência Lusa que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) "tem dinheiro suficiente" e que o problema é o "imenso desperdício" existente.
"Por que é que o Ministério da Saúde não monta a sua central de compras?", perguntou José Manuel Silva, que logo depois respondeu: "Porque há interesses instalados que se opõem."
Com uma central de compras, prosseguiu, "conseguem-se economias de escala notáveis e será mais fácil auditar o sistema".
O médico defende que "é preciso mudar quase tudo na Ordem, porque está quase tudo mal".
A ser eleito, a sua primeira medida "será nomear uma comissão para mudar os estatutos" da Ordem, garantiu, salientando que "actualmente é a mesma pessoa que manda em tudo".
José Manuel Silva dedicou parte da sua apresentação formal aos "riscos" associados, em sua opinião, à prescrição de medicamentos por DCI (Denominação Comum Internacional, ou nome genérico) "no enquadramento jurídico em vigor e na organização actual do sistema de saúde".
Este tipo de prescrição representa, "indiscutivelmente, a diminuição da qualidade", frisou.
"A Ordem dos Médicos tem de exigir, comigo há muito tempo que o teria feito, que o Infarmed [entidade reguladora do medicamento] divulgue todos os resultados dos testes de controlo de qualidade que efectua aos medicamentos comercializados em Portugal. Se eu for eleito bastonário, esta será uma exigência permanente e pública da Ordem dos Médicos", realçou.
O candidato sustenta que, "enquanto os resultados do controlo de qualidade do Infarmed constituírem um inexplicável segredo de Estado, os médicos e os doentes têm legitimidade para desconfiar da qualidade de alguns medicamentos genéricos vendidos" no país.
José Manuel Silva alega que "são frequentes os relatos, por uns e por outros, de duvidosa bioequivalência e de distintos efeitos adversos" e preconiza que se questione o Governo "por que autoriza medicamentos genéricos da mesma molécula com preços díspares e depois não quer que os médicos os prescrevam".
"E se se assistir a uma corrida desenfreada a uma baixa de preços entre as dezenas de medicamentos genéricos do mesmo princípio activo, que marca vai conseguir diminuir mais o preço? Naturalmente aquela que tiver menos preocupações com a qualidade", completou.
Além de José Manuel Silva, a actual presidente da Secção Regional do Sul da Ordem dos Médicos, Isabel Caixeiro, e o cirurgião Jaime Teixeira Mendes concorrem também às eleições para a Ordem dos Médicos, marcadas para 15 de Dezembro.
Foonte JN
José Manuel Silva falava na Secção Regional do Norte, onde apresentou o programa da sua candidatura, cujo lema é "Defender os médicos, os doentes e a saúde".
O candidato, médico internista dos Hospitais da Universidade de Coimbra e também presidente da Secção Regional do Centro, disse à agência Lusa que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) "tem dinheiro suficiente" e que o problema é o "imenso desperdício" existente.
"Por que é que o Ministério da Saúde não monta a sua central de compras?", perguntou José Manuel Silva, que logo depois respondeu: "Porque há interesses instalados que se opõem."
Com uma central de compras, prosseguiu, "conseguem-se economias de escala notáveis e será mais fácil auditar o sistema".
O médico defende que "é preciso mudar quase tudo na Ordem, porque está quase tudo mal".
A ser eleito, a sua primeira medida "será nomear uma comissão para mudar os estatutos" da Ordem, garantiu, salientando que "actualmente é a mesma pessoa que manda em tudo".
José Manuel Silva dedicou parte da sua apresentação formal aos "riscos" associados, em sua opinião, à prescrição de medicamentos por DCI (Denominação Comum Internacional, ou nome genérico) "no enquadramento jurídico em vigor e na organização actual do sistema de saúde".
Este tipo de prescrição representa, "indiscutivelmente, a diminuição da qualidade", frisou.
"A Ordem dos Médicos tem de exigir, comigo há muito tempo que o teria feito, que o Infarmed [entidade reguladora do medicamento] divulgue todos os resultados dos testes de controlo de qualidade que efectua aos medicamentos comercializados em Portugal. Se eu for eleito bastonário, esta será uma exigência permanente e pública da Ordem dos Médicos", realçou.
O candidato sustenta que, "enquanto os resultados do controlo de qualidade do Infarmed constituírem um inexplicável segredo de Estado, os médicos e os doentes têm legitimidade para desconfiar da qualidade de alguns medicamentos genéricos vendidos" no país.
José Manuel Silva alega que "são frequentes os relatos, por uns e por outros, de duvidosa bioequivalência e de distintos efeitos adversos" e preconiza que se questione o Governo "por que autoriza medicamentos genéricos da mesma molécula com preços díspares e depois não quer que os médicos os prescrevam".
"E se se assistir a uma corrida desenfreada a uma baixa de preços entre as dezenas de medicamentos genéricos do mesmo princípio activo, que marca vai conseguir diminuir mais o preço? Naturalmente aquela que tiver menos preocupações com a qualidade", completou.
Além de José Manuel Silva, a actual presidente da Secção Regional do Sul da Ordem dos Médicos, Isabel Caixeiro, e o cirurgião Jaime Teixeira Mendes concorrem também às eleições para a Ordem dos Médicos, marcadas para 15 de Dezembro.
Foonte JN