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Augusto Mateus diz que medidas de austeridade não convencem os mercados

florindo

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Out 11, 2006
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O antigo ministro da Economia Augusto Mateus defendeu hoje, sexta-feira, que o Governo devia ter avançado com reformas estruturais para responder aos "verdadeiros problemas" do país, em vez de medidas de conjuntura que não vão convencer os mercados internacionais.

"As medidas não vão convencer os mercados internacionais. Vão gerar durante algum tempo uma reacção positiva", disse Augusto Mateus à agência Lusa, à margem do seminário "A água, o Desenvolvimento e a Sustentabilidade: um olhar sobre a próxima década", onde participou.

Para o antigo ministro, "os problemas globais da economia [portuguesa] são despesa a mais e incapacidade de gerar riqueza".

Por isso, defendeu a necessidade de "tomar medidas que sustentem a redução estrutural da despesa e não estritamente a conjuntural".

Augusto Mateus realçou que "estas medidas, se forem só estas, não vão dar o resultado pretendido" e que isso só será avaliado dentro de um mês.

"Não se vislumbra nada de estrutural nestas medidas. São de cariz financeiro, a pensar só na consolidação orçamental e temos de olhar para o contexto económico", referiu ainda o antigo ministro.

Segundo Augusto Mateus, Portugal tem procurado adiar "os ajustes necessários", nomeadamente no lado da despesa pública, ao contrário do que aconteceu em outros países.

O Governo anunciou na quarta feira um conjunto de medidas de austeridade para enfrentar a crise.

Entre essas medidas estão o corte de salários de cinco por cento no total da massa salarial da Função Pública, o congelamento das pensões em 2011 e o aumento em dois pontos percentuais do IVA, que passará a ser de 23 por cento. As tabelas anexas ao Código do IVA também vão ser revistas.

O Executivo de Sócrates decidiu ainda congelar os investimentos públicos, cortar os benefícios sociais e também os benefícios fiscais das empresas e criar um imposto sobre o sector financeiro.

Estas medidas têm de ser aprovadas na Assembleia da República para entrarem em vigor.

Fonte JN
 
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