- Entrou
- Out 11, 2006
- Mensagens
- 38,987
- Gostos Recebidos
- 347
O antigo presidente da República Mário Soares afirmou hoje, sábado, não existir alternativa às medidas de austeridade e alertou que caso não se resolva o problema do défice e do endividamento externo o país pode cair a pique.
"O primeiro ministro tomou estas medidas porque foi altamente recomendado pelas autoridades da União Europeia, porque se não fosse assim não as fazia. Neste momento não havia alternativas e se houver que alguém as aponte", desafiou o antigo chefe de Estado
Mário Soares, que falava aos jornalistas à margem da apresentação do livro "Loures, a República em 4 de Outubro", do jornalista e investigador António Valdemar, considerou ainda inevitável haver cortes no subsidio de desemprego, até que o défice esteja controlado.
"É preciso atingir algumas coisas do Estado Social até ultrapassarmos a questão. Não basta vir para a rua dizer que é preciso aumentar os salários dos desempregados. Eu também vinha, mas depois de onde vem o dinheiro para pagar? Se não resolvêssemos o défice imenso que temos e o endividamento externo nós caíamos a pique", sustentou.
Numa altura em que se celebra o centenário da República, o antigo chefe de Estado admitiu que a República portuguesa está atravessar um mau momento, reiterando no entanto que tal se deve a um problema europeu e não nacional.
"A República está mal e tem problemas. Mas a monarquia espanhola que está aqui ao lado não está melhor, a Irlanda, que é República, também não, nem a Itália, nem a França", sublinhou.
O livro "Loures, A República em 4 de Outubro", cujo prefácio foi escrito por Mário Soares, relata a história da implantação da República no município de Loures, que celebra a efeméride um dia antes que o resto do país.
Fonte JN
"O primeiro ministro tomou estas medidas porque foi altamente recomendado pelas autoridades da União Europeia, porque se não fosse assim não as fazia. Neste momento não havia alternativas e se houver que alguém as aponte", desafiou o antigo chefe de Estado
Mário Soares, que falava aos jornalistas à margem da apresentação do livro "Loures, a República em 4 de Outubro", do jornalista e investigador António Valdemar, considerou ainda inevitável haver cortes no subsidio de desemprego, até que o défice esteja controlado.
"É preciso atingir algumas coisas do Estado Social até ultrapassarmos a questão. Não basta vir para a rua dizer que é preciso aumentar os salários dos desempregados. Eu também vinha, mas depois de onde vem o dinheiro para pagar? Se não resolvêssemos o défice imenso que temos e o endividamento externo nós caíamos a pique", sustentou.
Numa altura em que se celebra o centenário da República, o antigo chefe de Estado admitiu que a República portuguesa está atravessar um mau momento, reiterando no entanto que tal se deve a um problema europeu e não nacional.
"A República está mal e tem problemas. Mas a monarquia espanhola que está aqui ao lado não está melhor, a Irlanda, que é República, também não, nem a Itália, nem a França", sublinhou.
O livro "Loures, A República em 4 de Outubro", cujo prefácio foi escrito por Mário Soares, relata a história da implantação da República no município de Loures, que celebra a efeméride um dia antes que o resto do país.
Fonte JN