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Portugal e Espanha realizam simulacro para testar resposta a acidente nuclear

aiam

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Mai 11, 2007
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Portugal e Espanha vão realizar dias 2 e 3 de novembro um exercício de simulacro para testar a resposta da Protecção Civil no caso de um acidente nuclear na Central de Almaraz (província de Cáceres).

Segundo Rui Esteves, comandante distrital de operações de socorro, trata-se de um primeiro exercício transfronteiriço conjunto que, do lado português, se centrará sobretudo no concelho de Vila Velha de Ródão.

Falando à margem da Conferência Internacional de Protecção Civil -- Risco Tecnológico e Nuclear, que decorre este sábado na Escola Superior Agrária de Castelo Branco, responsável explicou que o simulacro terá por base a ocorrência de um hipotético terramoto que motivará a implementação dos respetivos sistemas de alerta, segurança e emergência de ambos os lados da fronteira.


Do lado espanhol, o simulacro vai obrigar à interrupção da laboração na própria central nuclear de Almaraz, explicaram à Lusa Luis Martinez, Chefe da Protecção Radiológica e Meio Ambiente, e Miguel Angél, responsável pelo Centro de Emergência 112 de Mérida.


“Já colaboramos com os serviços distritais da Protecção Civil de Castelo Branco há vários anos e queremos agora comprovar não apenas os procedimentos de comunicação e alerta com Portugal, como inclusivamente a operacionalidade no terreno em caso de uma situação de catástrofe”, explicou Miguel Angél.

Em Espanha, a própria população da localidade de Almaraz (atualmente com cerca de dois mil habitantes) participará ativamente no exercício.

Do lado português, Rui Esteves explicou que o objetivo é “começar a preparar a população para esta problemática e vamos testar uma vasta equipa de agentes no terreno, desde os mergulhadores de que dispomos para atuar no Rio Tejo, assim como os meios aéreos (helicópteros) e terrestres (GNR, Bombeiros e profissionais de Saúde) por forma a testar uma eventual necessidade de evacuar populações, acudindo às pessoas”.


O “risco não tem fronteiras”, recordou Rui Esteves, salientando que, neste caso concreto, “a comunicação com o lado espanhol é constante, existindo inclusivamente uma ligação rádio permanente através de uma frequência própria, para salvaguarda de uma eventual deterioração ou congestionamento dos meios de comunicação convencionais”.


A central nuclear de Almaraz na Província de Cáceres é uma das oito existentes no país vizinho, existindo atualmente 740 em todo o Mundo.

“Em caso de uma emergência, o essencial é que esteja tudo bem definido, planificado e devidamente testado em termos de operacionalidade, pelo que exercícios deste género são fundamentais que ocorram ciclicamente entre os dois países”, sublinhou ainda Luis Martinez, da Central de Almaraz.


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