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Jovens roubam atum para financiar compra de droga

aiam

GF Ouro
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Mai 11, 2007
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Grupos assaltam camiões em bairro social entre a lota e a fábrica de conservas.

Camiões carregados de atum com destino à Cofaco de Rabo de Peixe, em Ponta Delgada, Açores, têm sido assaltados por jovens que obrigam os motoristas a abrandar, trepam às viaturas ainda em movimento e atiram o peixe para o chão, onde é recolhido. O seu destino é, sobretudo, a venda porta-a--porta, para financiar o consumo de droga.

Os assaltos acontecem em plena luz do dia há dois meses - num período coincidente com o aumento das capturas do bonito (espécie da família dos tunídeos). São confirmados por quem dirige a fábrica de conservas e já foram presenciados por populares e por agentes da PSP, que identificaram cerca de uma dezena de indivíduos e recuperaram algum do peixe roubado.

Tudo se passa junto ao recém- -inaugurado bairro de habitação social em Santana, que os camiões têm de atravessar para descarregar o atum que vai ser laborado. Tendo a noção de que neste período a safra do bonito pode implicar a descarga de muito peixe para transformação, os jovens montam esperas frequentes e agem em grupo. Uma acção concertada, que lhes permite ganhar até 30 quilos de atum por cada frete que é feito (há alturas em que chegam a realizar-se dez fretes diários). Ao que o DN apurou, cada peixe é depois vendido a cinco euros.

O método é sempre o mesmo: quando vêem o camião com um novo carregamento a entrar dentro do bairro, cercam-no de forma a obrigar o condutor a abrandar e saltam para cima da caixa, atirando o máximo de peixe para a via pública, onde aparece quem o recolhe e esconde.

O amontoado de gente à sua volta faz que os condutores não saiam das viaturas, por temerem eventuais agressões. Suspeita-se que o peixe esteja a ser vendido para autoconsumo e, sobretudo, porta-a-porta, para financiar a compra de droga. Cada peixe é, ao que o DN apurou, vendido a cinco euros. Sai da lota a um euro.

Fonte da Cofaco admitiu que a quantidade de atum roubado "não é significativa para fazer uma queixa-crime". Tratando-se de crime de furto simples, a PSP pode deter o ladrão em flagrante delito, mas depois é obrigada a soltá-lo porque a conserveira não avança com o procedimento criminal.


DN
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