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O ministro dos Assuntos Parlamentares defendeu hoje que a sociedade democrática actual precisa de "confiança" para enfrentar as suas dificuldades, advertindo que o regime da I República ficou comprometido pela "crónica instabilidade política".
Jorge Lacão falava na sessão solene comemorativa do centenário da revolução republicana de 5 de Outubro de 1910, na Assembleia da República.
Tendo ao seu lado na bancada do Governo os ministros da Cultura, Gabriela Canavilhas, da Educação, Isabel Alçada, e da Ciência e Ensino Superior, o titular da pasta dos Assuntos Parlamentares referiu-se às "lições da história" e às diferenças entre o país do início do século XX e o momento presente.
"Em contraste com o século passado de há um século, a sociedade mais urbana e cosmopolita em que vivemos está agora dotada de infraestruturas básicas e de equipamentos fundamentais em todo os território. Possui níveis de qualidade de vida sem paralelo, é uma sociedade estruturada na satisfação de direitos sociais fundamentais, cujo paradigma está para além das notáveis caricaturas de Bordalo Pinheiro, mas é uma sociedade que precisa da confiança e dos estímulos que lhe permitam enfrentar as dificuldades sem regredir", declarou.
O ministro dos Assuntos Parlamentares aludiu depois aos desafios do tempo presente e as insuficiências que estiveram na origem do fim da I República.
"Se alguma coisa comprometeu a longevidade da I República, foi a crónica instabilidade política e a incapacidade do regime de então gerar soluções estáveis de governo", sustentou Jorge Lacão.
De acordo com a interpretação histórica do ministro dos Assuntos Parlamentares, o regime da I República viveu demasiado na urgência dos conflitos de curto prazo para ter tempo de estabilizar soluções duradouras de futuro".
"Esse fadário da I República tem estado sempre presente aos nossos olhos, ajudou a construir um sistema político constitucional bem mais estabilizador e todos os dias convoca o sentido de responsabilidade das lideranças para que saibam assumir a pluralidade das suas diferenças e preparar o tempo das suas alternativas sem comprometer a estabilidade política e os interesses fundamentais do país", disse.
Para o ministro dos Assuntos Parlamentares, a classe política do presente tem a seu favor "a possibilidade de reflectir sobre as dificuldades do passado e a faculdade de não repetir os mesmos erros".
"Temos, a nosso favor, a enorme vantagem de vivermos num tempo de tolerância e de gestão institucionalizada das diferenças", acentuou.
JN
Jorge Lacão falava na sessão solene comemorativa do centenário da revolução republicana de 5 de Outubro de 1910, na Assembleia da República.
Tendo ao seu lado na bancada do Governo os ministros da Cultura, Gabriela Canavilhas, da Educação, Isabel Alçada, e da Ciência e Ensino Superior, o titular da pasta dos Assuntos Parlamentares referiu-se às "lições da história" e às diferenças entre o país do início do século XX e o momento presente.
"Em contraste com o século passado de há um século, a sociedade mais urbana e cosmopolita em que vivemos está agora dotada de infraestruturas básicas e de equipamentos fundamentais em todo os território. Possui níveis de qualidade de vida sem paralelo, é uma sociedade estruturada na satisfação de direitos sociais fundamentais, cujo paradigma está para além das notáveis caricaturas de Bordalo Pinheiro, mas é uma sociedade que precisa da confiança e dos estímulos que lhe permitam enfrentar as dificuldades sem regredir", declarou.
O ministro dos Assuntos Parlamentares aludiu depois aos desafios do tempo presente e as insuficiências que estiveram na origem do fim da I República.
"Se alguma coisa comprometeu a longevidade da I República, foi a crónica instabilidade política e a incapacidade do regime de então gerar soluções estáveis de governo", sustentou Jorge Lacão.
De acordo com a interpretação histórica do ministro dos Assuntos Parlamentares, o regime da I República viveu demasiado na urgência dos conflitos de curto prazo para ter tempo de estabilizar soluções duradouras de futuro".
"Esse fadário da I República tem estado sempre presente aos nossos olhos, ajudou a construir um sistema político constitucional bem mais estabilizador e todos os dias convoca o sentido de responsabilidade das lideranças para que saibam assumir a pluralidade das suas diferenças e preparar o tempo das suas alternativas sem comprometer a estabilidade política e os interesses fundamentais do país", disse.
Para o ministro dos Assuntos Parlamentares, a classe política do presente tem a seu favor "a possibilidade de reflectir sobre as dificuldades do passado e a faculdade de não repetir os mesmos erros".
"Temos, a nosso favor, a enorme vantagem de vivermos num tempo de tolerância e de gestão institucionalizada das diferenças", acentuou.
JN