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O ano de 2010 está a ser o pior dos últimos 30 no combate à pobreza, considerou o Fórum Não Governamental para a Inclusão Social, que descreve este ano como de "enormes retrocessos".
"Por toda a ironia do mundo, o Ano Europeu de Combate à Pobreza é provavelmente um dos piores anos, talvez o pior ano dos últimos 30 anos no combate à pobreza na Europa", disse à Agência Lusa Sérgio Aires, dirigente do Fórum, enquanto dezenas de pessoas escreviam e colavam mensagens sobre a pobreza num mural levantado em pleno Largo de Camões, em Lisboa.
De acordo com Sérgio Aires, 2010 está a ser um ano de "retrocessos enormes em termos de decisões políticas, de abandono da estratégia europeia".
"Os países não querem uma estratégia europeia, os países não querem ter nenhum tipo de coordenação de políticas no combate à pobreza e isto significa que regressámos aos anos 80", defendeu o representante da organização, para quem a atual postura é de cada país resolver os seus problemas individualmente e a "União Europeia não tem nada a ver com isso".
Na opinião de Sérgio Aires, isto acontece porque mantém-se a convicção de que o desenvolvimento económico é a solução para a pobreza.
"Nós precisamos de um grande equilíbrio entre aquilo que é o esforço de desenvolvimento económico com um grande esforço de coesão social", disse o responsável, lembrando que em Portugal as estimativas apontam para 20 por cento da população a viver na pobreza.
O mural montado no Largo Camões é mais uma de muitas iniciativas que integram as "24 horas pelo combate à pobreza e à exclusão social", mas também a Focus Week, integrada no II Fórum Nacional de Pessoas em Situação de Pobreza.
Do decorrer desta semana e das várias iniciativas que têm sido organizadas e da participação que tem sido pedida aos cidadãos, Sérgio Aires destaca uma ideia que sobressaiu e que considera "muito grave".
"Aquilo que temos ouvido da parte de muitos cidadãos é um total desconhecimento sobre o fenómeno e ainda hoje ouvimos claramente a ser atribuída a culpa da pobreza aos próprios pobres, dizendo que as pessoas são pobres porque não querem trabalhar e porque querem receber subsídios", apontou.
JN
"Por toda a ironia do mundo, o Ano Europeu de Combate à Pobreza é provavelmente um dos piores anos, talvez o pior ano dos últimos 30 anos no combate à pobreza na Europa", disse à Agência Lusa Sérgio Aires, dirigente do Fórum, enquanto dezenas de pessoas escreviam e colavam mensagens sobre a pobreza num mural levantado em pleno Largo de Camões, em Lisboa.
De acordo com Sérgio Aires, 2010 está a ser um ano de "retrocessos enormes em termos de decisões políticas, de abandono da estratégia europeia".
"Os países não querem uma estratégia europeia, os países não querem ter nenhum tipo de coordenação de políticas no combate à pobreza e isto significa que regressámos aos anos 80", defendeu o representante da organização, para quem a atual postura é de cada país resolver os seus problemas individualmente e a "União Europeia não tem nada a ver com isso".
Na opinião de Sérgio Aires, isto acontece porque mantém-se a convicção de que o desenvolvimento económico é a solução para a pobreza.
"Nós precisamos de um grande equilíbrio entre aquilo que é o esforço de desenvolvimento económico com um grande esforço de coesão social", disse o responsável, lembrando que em Portugal as estimativas apontam para 20 por cento da população a viver na pobreza.
O mural montado no Largo Camões é mais uma de muitas iniciativas que integram as "24 horas pelo combate à pobreza e à exclusão social", mas também a Focus Week, integrada no II Fórum Nacional de Pessoas em Situação de Pobreza.
Do decorrer desta semana e das várias iniciativas que têm sido organizadas e da participação que tem sido pedida aos cidadãos, Sérgio Aires destaca uma ideia que sobressaiu e que considera "muito grave".
"Aquilo que temos ouvido da parte de muitos cidadãos é um total desconhecimento sobre o fenómeno e ainda hoje ouvimos claramente a ser atribuída a culpa da pobreza aos próprios pobres, dizendo que as pessoas são pobres porque não querem trabalhar e porque querem receber subsídios", apontou.
JN