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Jerónimo de Sousa critica recomendações do FMI, dizendo que atacam trabalhadores

florindo

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, criticou hoje, quinta-feira, as recomendações divulgadas pelo Fundo Monetário Internacional, que defendem o aumento da idade das reformas em detrimento da redução do valor das pensões.

"É mais uma medida que visa prejudicar as famílias e os trabalhadores", afirmou Jerónimo de Sousa, antes de iniciar uma visita a uma fábrica de mármores localizada na zona de Sintra, a que a comunicação social não foi autorizada a acompanhar.

O dirigente comunista referia-se ao relatório hoje divulgado pelo FMI, que propõe o aumento em dois anos da idade legal da reforma, uma medida que considera ser "suficiente" para estabilizar as despesas com as pensões, nas próximas duas décadas.

Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral comunista sublinhou que "tanto esta medida como as outras" anunciadas pelo Governo no âmbito do pacote de austeridade "são profundamente erradas", situação que considera que "dará origem a uma crise social" e que "prejudica quem trabalha, assim como as famílias".

Em relação à possível participação da UGT na greve geral que está a ser preparada pela CGTP e que está já agendada para o dia 24 de Novembro, Jerónimo de Sousa defende que a unidade na acção "reforça a luta e melhora os resultados".

O secretário-geral do PCP afirmou ainda que a CGTP tem "um papel determinante" nas contestações, mas que uma acção em conjunto "permite melhorar os objectivos das reivindicações dos trabalhadores" e "obter melhores resultados" contra as medidas anunciadas pelo Governo na última semana de Setembro, as quais de destinam a reduzir a despesa pública.

"A unidade na acção é fundamental para dar mais força à greve", e às exigências dos trabalhadores numa altura em que toda a "economia está virada para resolver os buracos financeiros, aumentando a exploração de quem trabalha e de quem tem apenas migalhas", explicou Jerónimo de Sousa.

Entre as medidas que serão aplicadas com o objectivo de consolidar as contas públicas está o corte de cinco por cento na massa salarial da função pública, o congelamento das pensões já em 2011 e o aumento de dois pontos percentuais do IVA, que passará de 21 para os 23%.

Outras medidas já anunciadas são o congelamento dos investimentos públicos, o corte nos benefícios sociais e também nos benefícios fiscais das empresas, além da criação de um imposto sobre o sector financeiro.

Jerónimo de Sousa afirmou ainda que o sector dos mármores deveria apostar mais num trabalho qualificado, com medidas concretas para desenvolver a área de negócio, uma vez que a exportação de pedra é "uma fonte de receita importante para o país".

Antes do final da visita à empresa transformadora de mármore, o dirigente comunista advertiu ainda que algumas empresas são obrigadas a rejeitar encomendas, por falta de mão-de-obra especializada, concluindo que "são precisos jovens cantoneiros".

JN
 
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