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Superbactéria chegará a Portugal "mais cedo ou mais tarde"

florindo

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O director do Serviço de Doenças Infecciosas dos Hospitais da Universidade de Coimbra, Saraiva da Cunha, alertou hoje, quinta-feira, que "mais cedo ou mais tarde" surgirá em Portugal a superbactéria NDM-1, resistente a quase todos os antibióticos.

Saraiva da Cunha falava à margem dos X Congresso Nacional de Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica e VIII Congresso Nacional sobre Sida, a decorrerem em conjunto até ao próximo sábado em Coimbra, tendo hoje, quinta-feira, moderado uma mesa redonda sobre os "novos antimicrobianos".

"Até ao momento, em Portugal, não há nenhum caso, mas não me admira que mais cedo ou mais tarde seja diagnosticado", sustentou o especialista, que preside à comissão organizadora dos congressos, sublinhando o facto de a Direcção-Geral da Saúde ter emitido (em Agosto) uma norma aos laboratórios para que pesquisem a presença desta enzima (NDM-1).

Classificada por alguns cientistas como "bomba relógio", a bactéria multi-resistente é originária de países do sul da Ásia e já chegou à Europa, através de pacientes, nomeadamente ao Reino Unido e a França.

A NDM-1 é o nome da enzima produzida pela bactéria e que a torna resistente aos antibióticos mais potentes.

Além do problema da resistência aos antibióticos, a gripe e a doença de Lyme (que começa por revelar lesões na pele e provoca lesões do foro articular e neurológico) são outras das duas doenças infecciosas emergentes destacadas no programa dos dois congressos, sendo a primeira actualmente de notificação obrigatória em Portugal.

"A ideia que eu tenho é que não haverá muitos casos da doença de Lyme em Portugal, mas existirão muitos mais do que os notificados", disse Saraiva da Cunha à Lusa.

Confrontado com o eventual impacto que a actual crise económica e medidas de contenção poderão ter nas doenças infecciosas, o presidente da Sociedade Portuguesa de Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica, Kamal Mansinho, defendeu que os riscos não se colocarão ao nível do tratamento adequado mas no facto de determinadas populações poderem ficar "mais vulneráveis, expostas a maiores riscos" de contraírem as doenças.

JN
 
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